Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Vídeo: detentos denunciam abuso de autoridade, tortura e ameaçam fazer greve de fome

Detentos do presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, denunciam, por meio de vídeo, os abusos sofridos por eles no interior da unidade prisional. Na filmagem, os presidiários também ameaçam começar, a partir desta sexta -feira (6), uma greve de fome coletiva.

No material em vídeo, feito pelos próprios internos, com data do dia 1º de setembro, os detentos, encapuzados, realizam a leitura de um ofício. Na filmagem, os presos elencam os diversos abusos de autoridade sofridos por eles, extinção de benefícios como: a proibição da entrada de cigarros e acesso a televisão; tortura e desrespeito aos familiares em dias de visita.

“Eu vou ler para vocês este ofício aqui, para que saibam o que estamos passando e nos ajudem”, inicia. “Nós, do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, viemos através deste pedir socorro aos meios competentes: direitos humanos e órgãos competentes. Relatar o descaso e omissão que estão acontecendo dentro da unidade, como o abuso de autoridade por parte da direção da unidade”, diz um detento num trecho do vídeo.

Os internos ainda deixaram claro que se, caso, os pedidos não forem atendidos todos farão greve de fome.

Sejusp

Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou não comentar o conteúdo de supostos vídeos gravados por internos.

“De acordo com o departamento, todos os procedimentos realizados nas unidades prisionais sob administração do Depen são regidos pelo Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional de Minas Gerais (ReNP), que é o conjunto de normas a serem seguidas por servidores, custodiados e visitantes. Os canais oficiais de denúncias voltadas ao sistema prisional são os meios possíveis para instaurar procedimentos investigativos por supostas irregularidades. Qualquer ação que, porventura, não esteja de acordo com as normas previstas é apurada, respeitando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório”, informou a nota.

*Por O Tempo

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