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Júri absolve acusado de matar funcionária de farmácia em BH

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais absolveu, nesta quarta-feira (16), um homem acusado de matar a gerente de uma rede de drogarias em abril de 2017, a mando do marido da vítima. O júri entendeu que não havia provas do crime e a juíza determinou a soltura do acusado, argumentando que não havia outro motivo para manter a prisão.

Márcio Gomes dos Santos foi acusado de ter matado, com quatro tiros no rosto, Rosemary dos Santos Vieira, de 46 anos. Segundo as acusações, ele teria sido contratado pelo marido da vítima, Edson Vieira Maciel, de 50 anos.

Entretanto, em agosto de 2021, Edson foi absolvido, após passar por um júri popular composto por quatro mulheres e três homens. Na época, sete testemunhas foram ouvidas, entre eles um vizinho que ouviu os tiros e o filho mais velho do casal, que defendeu o pai.

Nesta terça-feira, também diante júri popular, Márcio Gomes foi absolvido. Durante seu depoimento, o réu respondeu somente às perguntas dos advogados de defesa e negou o crime, argumentando que estava na casa de sua mãe, no interior de Minas Gerais, no dia do crime.

Márcio tem passagens por tráfico de drogas e é investigado por outros homicídios.

Relembre o caso

Rosemary dos Santos Vieira morreu baleada por quatro tiros no dia 18 de abril de 2017 quando chegava em casa de uma aula na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela foi surpreendida por uma pessoa a mão armada na frente da residência, no bairro Bandeirantes, região da Pampulha, em BH.

Vizinhos relatam ter ouvido o barulho e visto uma moto vermelha suspeita parada na rua por cerca de mai hora. O filho de Rosemary também ouviu os tiros e, ao sair de casa, encontrou a mãe baleada, ainda dentro do carro. O menino e o pai, Edson, levaram a mulher para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pampulha, mas ela não resistiu aos ferimentos.

Segundo as investigações da Polícia Civil, Edson teria contratado o assassinato da esposa por motivos financeiros. Testemunhas constaram que ele dependia financeiramente dela, mas que Rosemary já havia demonstrado interesse em se separar. O homem foi acusado de planejar o crime para ter direito aos bens do casal e apólices de seguro da esposa.

A investigação da polícia descobriu, ainda, que o casal tinha um vasto patrimônio, incluindo carros, uma casa de alto padrão de luxo e outros imóveis em Belo Horizonte. A Polícia Civil desconfiou ainda mais do homem quando ele passou a morar com outra mulher, com quem mantinha relacionamento extraconjugal há 10 anos, apenas um mês após a morte de Rosemary.

Edson, entretanto, diz acreditar que a esposa foi vítima de um latrocínio, e conta que ela já sabia da existência de uma amante, já que os dois viviam “separado de corpos há vários anos de comum acordo, consensualmente”.

Ainda conforme a Polícia Civil, Edson tem histórico por estelionato, com condenação judicial pelo crime.

*Da Redação Itatiaia

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