Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Tio suspeito de abusar de quatro sobrinhas e uma afilhada é preso na Grande BH

A Polícia Civil prendeu em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, um serralheiro de 58 anos suspeito de abusar sexualmente de quatro sobrinhas e uma afilhada, com idade entre 8 e 13 anos. O primeiro crime teria sido cometido em 1994.

O caso começou a ser investigado depois de uma das vítimas escrever um bilhete para a avó, relatando que o tio tentou abusar sexualmente dela em janeiro de 2023. Segundo a adolescente, o homem entrou no banheiro em que ela estava e foi para cima dela. A jovem conseguiu se soltar e começou a gritar, fazendo o tio se afastar.

Dias depois, a avó procurou a mãe da criança e mostrou o bilhete. A mulher teve uma crise nervosa ao ler o relato e acabou revelando que havia sido abusada pelo mesmo homem quando tinha 10 anos. Com isso, a família decidiu denunciar o suspeito.

Após a descoberta desses primeiros dois casos, outras três pessoas procuraram a delegacia para dar queixa contra o tio. As vítimas mais novas têm, atualmente, 13 e 15 anos. As outras três estão com idade entre 31 e 36 anos.

Tio se aproveitava das vítimas

De acordo com a investigação, os abusos ocorriam em momentos oportunos, como durante reuniões e viagens de família. Os abusos incluíam tanto atos libidinosos quanto relação sexual. De acordo com a delegada Marina Nogueira Resende Prado, o homem se aproveitava da proximidade para agir sem levantar suspeitas.

“Esse investigado usava a relação familiar com as vítimas para praticar os abusos. Não as coagia de uma forma física, valia-se da proximidade”.

Além das cinco vítimas que relataram os casos à polícia, existem outras mulheres que teriam sido abusadas pelo mesmo homem, mas não teriam feito uma denúncia oficial ainda.

A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que inicialmente não queria ser levado pelos policiais. Ele permaneceu em silêncio, já que teria prestado explicações sobre esse caso anteriormente. De acordo com os policiais, o suspeito apresentava tranquilidade, mas ao mesmo tempo parecia não acreditar que estava sendo preso por aquele motivo, já que acreditava que o crime estaria prescrito.

“Uma norma da nossa legislação fala que crimes contra a dignidade sexual praticadas contra crianças e adolescentes só começam a contar o prazo de prescrição a partir de quando a vítima faz 18 anos ou de quando ela denunciou o caso”, explica a delegada.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

*Da Redação Itatiaia

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