Quinta-feira, Dezembro 5, 2024
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VIVO POR MILAGRE – Criança de 2 anos sobrevive a fuzilamento dos pais na Grande BH

Uma criança de 2 anos sobreviveu ferida ao fuzilamento de seus pais, de 45 e de 35 anos, na cama do casal dentro de sua casa, em uma favela do Bairro Marimbá, em Betim, na Grande BH, na madrugada deste domingo (1º/12). Quatro suspeitos foram presos.

De acordo com informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o menino teve a mão atingida por um dos disparos e foi socorrido por vizinhos para o Hospital Regional de Betim.

Com fratura exposta dos ossos da mão, o garoto passa por cirurgia para reconstrução da mão e está em companhia de outros parentes. Ele dormia entre os pais quando foi atingido.

“Foi um milagre de Deus essa criança ter sobrevivido. O quarto onde estava, a cama, o colchão, os móveis, as paredes, os pais dele. Tudo foi alvo de muitos disparos de armas de fogo. O chão estava repleto de cápsulas de calibres 9 milímetros e 380. A criança só sobreviveu porque erraram os disparos”, afirma o sargento Sena, da 177ª Companhia (Cia) do 66º Batalhão (BPM) da PMMG.

De acordo com o apurado pela PMMG junto a informantes e testemunhas, o casal era usuário de drogas e teria trocado a casa, o carro e aparelhos domésticos pela casa onde foram mortos com traficantes de drogas do Bairro Jardim Teresópolis, em Betim. Os suspeitos presos são dois irmãos e seus pais, que moram no imóvel do pavimento de cima da casa das vítimas, tinham acesso pelo beco.

“O que nos informaram é que um dos suspeitos, que é traficante líder de um dos grupos de criminosos do (Jardim) Teresópolis, o Coreano, queria ainda dinheiro de volta pelo imóvel trocado. Tentaram negociar um carro, mas não deu certo. Na quarta-feira (27/11), ameaçaram o casal de morte se não pagassem. Então, a família ficou fora da casa até domingo”, afirma o major Marconi Eduardo de Araújo, comandante da 177ª Cia.

Segundo o comandante, no domingo o casal e o filho pequeno resolveram voltar para a casa na madrugada, mas os suspeitos, por morarem no pavimento de cima, descobriram que eles estavam lá e decidiram cumprir com as ameaças.

“O portão de entrada e a porta da casa estavam arrombados. Pela posição dos corpos, a mulher nem se mexeu ao ser baleada, morrendo na posição em que dormia. Já o marido, que tinha passagem na polícia por tráfico, parece que tentou se levantar da cama enquanto era baleado. A criança estava entre eles”, conta o sargento Sena, que esteve na cena do crime.

Testemunhas e informantes relataram sobre as dívidas e as ameaças e, a partir disso, a PMMG prendeu um homem de 31 anos conhecido como Coreano, que seria líder de um dos grupos de traficantes que comanda a venda de entorpecentes em seis ruas do Bairro Jardim Teresópolis e que era quem cobrava a dívida.

O irmão dele, de 26 anos, também é suspeito de ter atirado no casal e na criança. Ele tem mandado de prisão expedido por roubo. Os pais dos dois também foram presos e levados para a delegacia, por supostamente saberem sobre o crime, uma vez que os irmãos e os pais moravam na casa acima das vítimas.

Placa que marca um dos vestígios de disparos, sangue ou evid~encias deixadas na cena do crime, em Betim
Divulgação: Placa que marca um dos vestígios de disparos, sangue ou evid~encias deixadas na cena do crime, em Betim

*Por EM

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