Domingo, Novembro 24, 2024
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Idoso suspeito de estuprar crianças em ‘hotelzinho’ na Grande BH é indiciado

Um homem de 60 anos suspeito de estuprar crianças que frequentavam um ‘hotelzinho infantil’ em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável e registro de fotografia envolvendo criança em situação de pornografia. O suspeito, que é marido da dona da instituição infantil, está preso desde o início de julho.

A investigação foi detalhada em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (31). O caso começou a ser investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Betim após os pais de duas crianças, de 5 e 7 anos, procurarem a polícia para denunciar o caso. Uma das vítimas relatou o abuso sexual se referindo ao suspeito como ‘vovô’.

Em aparelhos apreendidos durante operações, os investigadores encontraram fotos de uma das meninas que teriam sido abusadas. As imagens foram tiradas enquanto ela dormia e buscavam mostrar o órgão genital da criança.

O suspeito foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável e por registrar conteúdo pornográfico das vítimas. Já a esposa dele e dona do ‘hotelzinho’ deve responder por omissão, já que ela teria agido com negligência em relação ao caso. A instituição de ensino não precisa de autorização para funcionar, mas, mesmo assim, a Polícia Civil relatou o caso para a Prefeitura de Betim, Ministério Público e Conselho Tutelar.

Karla Moreira Lima Carvalho, delegada responsável pelo caso, explica que a equipe teve todo o cuidado para preservar tanto as famílias das vítimas quanto a do suspeito. A delegada explica a importância do diálogo entre pais e filhos para que casos assim sejam descobertos e denunciados.

Desde pequenos, é necessário que os pais criem esse vínculo com seus filhos. Por meio dessa abertura, uma criança confidenciou à sua mãe o que aconteceu [no caso específico]. É importante que os pais conversem com seus filhos, saibam se houve algum fato fora do normal, se tiveram contato com outras pessoas que não fazem parte da equipe de funcionários. É fundamental esse diálogo, porque uma criança esclarecida – o que pode e o que não pode ser feito no corpo dela – é uma criança protegida, ela sabe informar caso o crime ocorra, caso tenha a sua dignidade violada’.

*Por Rádio Itatiaia

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