A polícia trabalha para identificar a autoria de um homicídio na Vila Leonina, região Oeste de Belo Horizonte. A vítima, conforme o boletim de ocorrência, é um homem de 43 anos suspeito de envolvimento com o “jogo do bicho”. Ele foi morto nessa terça-feira (24 de outubro), com 12 tiros na cabeça.
Militares faziam patrulhamento pelo aglomerado Morro das Pedras, quando receberam a informação de um homicídio em um bar na Vila Leonina. No local, testemunhas indicaram o estabelecimento onde estaria a vítima. O dono do bar abriu as portas para a guarnição, que encontrou um homem caído com diversas perfurações na cabeça.
O proprietário contou que a vítima possuía duas máquinas caça-níqueis e alugava os equipamentos para o estabelecimento. Segundo o homem, as máquinas estavam dando problema e, por isso, a vítima foi ao local para recolher os equipamentos. O dono das máquinas, segundo o dono do bar, chegou acompanhado de outro homem e pediu um energético e um pastel frito.
Neste momento, conforme o boletim de ocorrência, um homem com o rosto coberto por uma touca entrou no bar e atirou várias vezes contra a vítima. Segundo o B.O, o dono do bar e o homem que acompanhava a vítima correram para dentro do estabelecimento. O responsável pelo estabelecimento disse que não sabe de nenhuma desavença da vítima com ninguém.
Moradores da Vila Leonina disseram à PM que a vítima não era do Aglomerado das Pedras. Com as diligências, a polícia descobriu que o homem morto é do bairro Tupi, região Norte da capital. A esposa dele foi à companhia da Polícia Militar e contou que soube da morte do marido por meio de um outro homem – que seria o que estava acompanhando a vítima na hora do crime.
Esse homem teria contado que se escondeu no bar na hora do crime e, depois, pegou um ônibus para deixar o local. Ele teria jogado o celular fora e dito à mulher que entraria em contato depois, com outro telefone. Esse homem ainda não foi localizado.
Testemunhas disseram que o autor dos disparos estaria em um carro de modelo Fiat Uno, mas não deram mais detalhes. Durante as diligências, a polícia recebeu a informação de que a motivação do homicídio seria uma desavença da vítima causada por crimes relacionados a jogos de azar. A perícia e o rabecão foram acionados ao local.
Os peritos constataram que a vítima tinha 12 perfurações na cabeça. O corpo foi removido e levado para o Instituto Médico Legal (IML). Ninguém foi preso até o momento.
Jogo do bicho
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima foi presa em 2020 durante a operação Exagrama, do Ministério Público de Minas Gerais, por envolvimento com o jogo do bicho. Ela também respondia a inquéritos por roubo e porte ilegal de arma de fogo. Ainda conforme o B.O, o homem estava cumprindo prisão domiciliar.
*Por O Tempo