A auxiliar administrativa Danielle Tayrine Andrade Guimarães, acusa a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Justinópolis, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, de usar soro fora do prazo de validade para tratar a filha dela, de 12 anos.
A mulher procurou, nessa quinta-feira (19), o centro de saúde após a garota apresentar sintomas da dengue. A menina já teve a doença quatro vezes. Ela passou por uma internação neste mês, num hospital de Belo Horizonte, para tratar complicações causadas pela enfermidade.
Por conta do histórico clínico da menina a UPA realizou diversos exames laboratoriais. Na sequência, um soro foi aplicado na veia da garota. Por acaso, mãe e filha ao lerem o rótulo do medicamento perceberam que o remédio estava vencido desde o dia 30 de agosto. Danielle registrou a descoberta em vídeo. Na sequência, avisou a equipe médica do local, que não tomou, de imediato, nenhuma providência.
Horas após o ocorrido, um médico comunicou a mulher que o estado de saúde da paciente não seria alterado devido ao consumo do remédio vencido. A auxiliar administrativa, por sua vez, solicitou ao profissional da saúde a realização de exames para comprovar a não alteração do estado de saúde da garota. Porém, o pedido foi negado.
Insatisfeita com o atendimento recebido na UPA Danielle levou a filha, nesta sexta-feira (20), em um hospital particular, de Belo Horizonte. No centro de saúde, a mulher descobriu que após a ingestão do soro fora da data de validade, além dos sintomas da dengue, a menina desenvolveu uma infecção tratável no organismo.
“Estive, hoje, na UPA para conversar com a diretoria técnica e médica. Todos se desculparam e revelaram que tomaram ciência do meu caso às 20h. O episódio ocorreu às 17h40. Contudo, mesmo com os pedidos de desculpas eles me negligenciaram em tudo. Pedi um exame, que foi negado, para ter certeza que o consumo do soro fora do prazo de validade não teria piorado o estado de saúde da minha filha. Pedi ajuda para vários funcionários da UPA e não obtive nenhum tipo de auxílio. enfatizou Danielle
A auxiliar administrativa ainda revelou que ” o acesso usado no braço da minha menina vazou, em um determinado momento. Ao invés de realizar a troca do material o profissional da saúde colocou um papel toalha debaixo do braço dela, para ‘estancar’ o vazamento. Agora, é tratar a minha filha e essa infecção que ela desenvolveu após a ingestão do medicamento vencido”, complementou.
Prefeitura de Ribeirão das Neves
Em nota, a prefeitura de Ribeirão das Neves informou que a “coordenação do setor de Urgência e Emergência está apurando os fatos relatados pela mãe da adolescente atendida na UPA Justinópolis.”
*Por O Tempo