O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump viajou para Washington nesta quinta-feira (3) com o famoso Boeing Trump Force One, onde se declarou inocente em um tribunal de quatro acusações federais decorrentes de seus esforços para derrubar a eleição de 2020.
O Boeing 757 pessoal de Donald Trump sempre foi a joia da coroa de sua riqueza, sendo usado como pano de fundo para sessões de fotos elegantes, comícios de campanha e passeios VIP.
Inclusive, o ex-presidente dos EUA adorava exibir os assentos de couro de cor creme personalizados, os banheiros dourados, e as fivelas dos assentos em camadas de ouro de 24 quilates.
O Boeing 757 personalizado de Trump possui 43 assentos – junto de um quarto principal, suíte de hóspedes, sala de jantar, área VIP e uma cozinha personalizada.
Trump adquiriu o avião em 2010 do falecido bilionário da Microsoft Paul Allen, e ele era exigente quanto a quem voaria, onde se sentariam e como poderiam se movimentar.
Em 2015, dois meses antes de anunciar sua candidatura inicial para presidente, Trump convidou alguns jornalistas em Iowa a bordo para uma coletiva de imprensa improvisada – e depois os repreendeu.
“Tem um cara muito perigoso com aquela câmera. Estou conversando e olhando aquela câmera que está tão longe do teto, sabendo que meu dia será arruinado se eles estragarem o teto”, disse Trump.
Quando começou para valer a campanha presidencial, o 757 se tornou um atrativo promocional tanto quanto outdoors ou anúncios de TV.
A ostentação do dinheiro de Trump funcionou até a Casa Branca, com muitos de seus apoiadores atraídos pelo avião, além de limusines, casas e ouro.
A aeronave dourada é uma das coisas mais valiosas que ele possui. O New York Times considerou sua estratégia de marca pessoal “a parte mais bem-sucedida dos negócios de Trump”.
No entanto, nem tudo são flores. O custo para pilotar um Boeing 757 é de cerca de US$ 15.000 a US$ 18.000 por hora, de acordo com David Soucie, analista de aviação da CNN.
“Voar aquela coisa era tão caro”, diz um ex-alto funcionário. “Acho que as pessoas não perceberam que apenas para colocá-lo no ar e fazer uma parada custaria literalmente dezenas de milhares de dólares.”
*Com informações de Kate Bennett e