Parte dos serviços de atendimento ao cidadão, oferecida exclusivamente de forma presencial na Cidade Administrativa, sede do Governo do Estado, está temporariamente suspensa. Uma avaliação é feita para realocação do que era prestado à população nos dois edifícios que estão elevadores interditados, o Minas e o Gerais.
O protocolo, que funciona no primeiro andar do Gerais, está mantido. Segundo o Estado, os demais serviços terão “o funcionamento informado posteriormente”. Não foram detalhados quais serviços estão suspensos. O Hoje em Dia solicitou a informação e aguarda retorno.
O anúncio foi feito neste sábado (11). Diante da interdição dos elevadores sociais e privativos, o Governo do Estado publicou um decreto que autoriza em caráter excepcional o teletrabalho integral dos servidores. As atividades dos prédios Tiradentes e Alterosas seguem normalmente.
Conforme o Estado, a medida busca garantir a segurança dos servidores e visitantes que utilizam os equipamentos diariamente. Novas perícias identificaram falhas que podem comprometer o funcionamento dos equipamentos.
Orientações
O teletrabalho será realizado pelos servidores que desempenhem atividades compatíveis com a modalidade. Em caso de convocação para comparecimento a reuniões ou atividades presenciais, eles deverão ser informados pela chefia imediata previamente.
Os servidores poderão, também, em caráter excepcional, requerer ao titular do órgão de exercício autorização para cumprimento da jornada presencial, mediante assinatura de termo de responsabilidade, em modelo próprio disponível no Sei!MG.
Para acessar a unidade exclusivamente para retirada de documentos ou objetos, também será necessário assinar termo de responsabilidade solicitando autorização à chefia imediata.
Os servidores cujas atividades não são compatíveis com a modalidade de teletrabalho deverão ter um local de trabalho assegurado para o desempenho de suas atividades em regime presencial no prazo de até 15 dias.
Segundo o governo, eles poderão ser realocados para os primeiros andares dos edifícios Minas ou Gerais, bem como outros prédios da Cidade Administrativa, visando minimizar o deslocamento pelas escadas.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) irá orientar as Unidades de Recursos Humanos sobre o ponto dos servidores no período.
Reparos
Segundo o Governo Zema, os danos estruturais identificados nos elevadores são “decorrentes da má construção dos edifícios, inaugurados em 2010”.
Por meio de perícias realizadas nas últimas semanas pelos órgãos de segurança e de infraestrutura do estado, foi constatada a gravidade da situação e a necessidade de suspensão do uso dos equipamentos em ambos os edifícios.
Nas próximas semanas, será assinado contrato para reparo dos danos estruturais.
A expectativa é que os trabalhos durem até o fim do segundo semestre, a depender da logística de execução do contrato, bem como da identificação das reais necessidades de intervenções.
A Cidade Administrativa foi construída durante a gestão do ex-governador Aécio Neves, em 2010. O Hoje em Dia procurou o hoje deputado federal, mas quem está se pronunciado sobre o caso é o PSDB. Em nota, assinada pelo deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente da legenda em Minas, é informado que o caso deve ser tratado com maior seriedade e responsabilidade.
“A Cidade Administrativa, obra da qual o PSDB muito se orgulha e que trouxe extraordinária economia aos cofres do estado, foi entregue há 14 anos, depois de análise de todos os órgãos de fiscalização, em pleno e correto funcionamento. Nunca houve de governos anteriores, nem mesmo do atual, em seus quatro anos de primeiro mandato, qualquer reparo à nova sede do governo. A responsabilidade pela manutenção correta de qualquer obra pública é de responsabilidade das diferentes administrações que se sucedem”.
O Hoje em Dia também tenta contato com a empresa responsável pela construção dos elevadores, mas ninguém foi localizado
* Com informações da Agência Minas