Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Suspeito usava app de namoro para se aproximar de mulheres com filhos e cometer abuso infantil

Uma megaoperação contra o abuso sexual infantil em Belo Horizonte e em outras 10 cidades do interior de Minas prendeu seis suspeitos nesta quarta-feira (18). Quatro deles foram detidos em flagrante por armazenar, compartilhar ou produzir imagens de crianças em situação de nudez ou pornografia.

Uma das prisões foi feita na capital. A delegada Cristiana Angelini, da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, conta que o suspeito utilizava aplicativos de namoro para se aproximar das vítimas. Durante a troca de mensagens, ele perguntava se a mulher tinha filhos. “Ele queria se relacionar com mulheres que tinham crianças. O objetivo era filmar essas crianças”.

Outro preso é um homem de 34 anos, suspeito de abusar sexualmente da enteada de apenas 2 anos, em Bambuí, no Oeste do Estado. “O suspeito estava produzindo as fotos dentro de casa, supostamente da enteada, o que causou uma comoção muito grande até para nós, investigadores. A partir das investigações, conseguimos localizar esse alvo e inúmeras fotos foram encontradas nos computadores, tablets e celular”, contou a policial.

A operação também prendeu preventivamente um homem suspeito de abusar sexualmente da sobrinha e da vizinha, ambas de 7 anos. A cidade onde ocorreu essa prisão e detalhes das demais ocorrências não foram repassados.

O chefe da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Superintendência da Polícia Federal (PF) em BH, Igor Cedrola, contou que 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares e dispositivos de armazenamento (pen drives e HDs externos) que serão analisados. As autoridades investigam ainda se os alvos fazem parte de uma rede e se são casos isolados.

Segundo os investigadores, o compartilhamento, produção e armazenamento de imagens de nudez ou que remetam a exploração sexual têm penas de quatro a seis anos. Já para estupro de vulnerável são 15 anos.

“A internet sempre deixa rastros. Cada vez que o suspeito acessa uma rede, ele deixa um rastro. Ele deixa um endereço eletrônico (IP) e os programas utilizados para acesso dessa rede deixam uma marca característica do usuário. É com isso que a gente alcança eles. (…) Eu entendo que toda pessoa que procura esse tipo de arquivo na internet é um abusador, porque uma criança passou por alguma exposição. Ele está se aproveitando da situação de uma criança que está vulnerável”, concluiu o delegado da PF.

Todos os suspeitos presos foram encaminhados para as delegacias regionais. As investigações continuam e não tem prazo para conclusão.

*Da Redação Itatiaia

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