Domingo, Novembro 24, 2024
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Réu pela morte de sargento em BH contrata perito de Adélio, homem que esfaqueou Bolsonaro

A defesa de Welbert de Souza Fagundes, réu pela morte do sargento Roger Dias da Cunha, morto com um tiro na cabeça no início de janeiro de 2024 em Belo Horizonte, contratou o psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro e outros dois profissionais para realizar consultas clínicas, psiquiatras e psicológicas no acusado. Hewdy ganhou notoriedade em 2018 após realizar o laudo psiquiatra de Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o então candidato a presidência, Jair Bolsonaro (relembre o caso no fim da matéria).

A informação foi confirmada por Bruno Torres, advogado de Welbert. De acordo com o documento apresentado nesta terça (21) à Justiça, Hewdy e outras duas psicólogas da empresa Vida Mental Perícias, de São Paulo, vão realizar ‘consultas por teleatendimentos, para finalidades médicas clínicas e psiquiátricas com psicológicas, para o reeducando Sr. Welbert’. As consultas terão a participação dos três profissionais e devem durar de uma a duas horas. De acordo com o documento, podem ser solicitados novos horários, assim como exames médicos e psicológicos complementares. A equipe aguarda autorização para realizar as consultas.

Hewdy Lobo é um dos psiquiatras forenses mais respeitados do país, sobretudo em razão de sua qualificação, seriedade e história que construiu. Como o caso é complexo, precisamos de um profissional desta magnitude. A perícia realizada pelo Estado permanece e será realizada permanente. O trabalho de Hewdy é uma contribuição autorizada pelo Código de Processo Penal’, explica Bruno Torres, advogado de Welbert.

Hewdy Lobo Ribeiro realizou o laudo de sanidade de Adélio Bispo de Oliveira no fim de 2018 sem cobrar pelo serviço. O resultado do exame apontou que Adélio sofre de transtorno delirante grave. Depois, um novo laudo psiquiátrico apontou que o acusado sofre de doença mental e, por isso, não poderia ser responsabilizado pelo ataque ao político.

Sargento baleado

‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois de um sargento da polícia militar ser baleado no dia 5 de janeiro. O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia. Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.

O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII – uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do dia 7 de janeiro.

Suspeito estava foragido da ‘saidinha’

Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.

A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.

No dia 11 de janeiro, poucos dias após a morte do sargento Dias, Welbert se tornou réu por um furto qualificado cometido em julho de 2023. Poucas semanas depois, a Justiça aceitou a denúncia e Welbert se tornou réu por homicídio triplamente qualificado contra o sargento Dias. Ele segue detido desde a época do crime.

*Por Rádio Itatiaia 

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