A mais ‘brasileira’ das rainhas suecas completa hoje (23), 80 anos. Sílvia Renata Sommerlath Heidelberg nascida em 23 de dezembro de 1943, é filha da brasileira Alice Soares de Toledo e do empresário alemão Walther Sommerlath. Ela passou parte da infância em São Paulo, mas voltou para a Alemanha com a família em 1957. Seu avô materno era descendente do rei Afonso 3º de Portugal.
Sílvia conheceu o marido, o rei Carl 16 Gustaf, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Ela, que fala seis línguas e é fluente na língua de sinais para pessoas com deficiência auditiva, estava trabalhando como intérprete quando conheceu o marido. O casal possui três filhos: a princesa Victoria (primeira herdeira do trono sueco), o príncipe Carl Philip e a princesa Madeleine.
Em entrevistas, Sílvia já declarou ser fã de feijoada e jabuticaba e “importou” alguns alimentos tipicamente brasileiros para a Suécia. Ela contou que tem uma jabuticabeira em sua estufa na Suécia, além de fazer feijoada no Palácio de vez em quando. Segundo ela, o rei também gosta de vatapá.
No início dos anos 1970, Silvia trabalhou no consulado da Argentina em Munique, na Alemanha. Trabalhou como diretora do protocolo dos Jogos de Inverno em Innsbruck de 1976, na Áustria, e, brevemente, como comissária de bordo.
Consciência Social
Culta, elegante, educada e reconhecida pela simplicidade e simpatia, a rainha Sílvia é admirada não apenas pelo cumprimento de suas atribuições, mas também pelo engajamento em projetos sociais importantes. Em 1999, fundou a World Childhood Foundation, que defende crianças contra a pobreza e o abuso sexual. A instituição está presente em quatorze países e realiza mais de cem programas.
‘Meu passado me condena’
A imprensa sueca expôs supostas ligações do pai de Sílvia ao nazismo, e um relatório sobre o caso foi questionado por sobreviventes do Holocausto. Quando as supostas ligações de Sommerlath ao nazismo foram divulgadas, a rainha disse que o pai era filiado ao Partido Nazista alemão, mas não era politicamente ativo.
Ela se comprometeu a investigar melhor o passado dele. O relatório indicou que seu pai havia ajudado um empresário judeu a fugir da Alemanha, mas um grupo americano de sobreviventes do Holocausto questionou a conclusão, alegando que a investigação não foi independente e contou com a participação de um primo da rainha.
“Eu tenho um coração brasileiro, uma mente talvez mais alemã, mas o todo agora é sueco. Eu reúno todas essas três nacionalidades e culturas”.
*Da Redação Itatiaia