Quinta-feira, Abril 24, 2025
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Protesto contra obra da PBH interdita faixa da Cristiano Machado: ‘imóveis estão trincando’

Um protesto de moradores bloqueia no início da noite desta quarta-feira (23) a faixa da direita da avenida Cristiano Machado, no bairro Primeiro de Maio, na região Norte de Belo Horizonte. A interdição acontece um pouco antes da estação do metrô, no sentido Venda Nova.

A comunidade protesta contra os transtornos causados por uma obra de macrodrenagem na região. Segundo a Prefeitura, o objetivo do trabalho é evitar inundações, melhorando o escoamento da água. O problema, segundo os moradores, é o que o trabalho tem causado rachaduras na casas e no passeio em frente, além da proliferação de ratos e baratas.

“A gente sabe que a obra é necessária para o desenvolvimento da comunidade, mas ela tem trazido muitos transtornos. É água parada que pode dar dengue, mau cheiro, está dando muitos ratos e baratas, as casas estão dando rachaduras. Se você procura um engenheiro, não acha. A obra não tem engenheiro, não tem informação”, detalha Elizete Silvia, moradora do bairro há 30 anos.

Segundo ela, a prefeitura abriu um buraco de sete metros de profundidade e até hoje não começou a mexer no local.

“Tem três meses sem eles fazerem nada. Para que furar o buraco se não iria trabalhar nele? Então não abre. A minha casa está trincando, o passeio está comprometendo o meu muro e a obra está parada. Furasse o buraco conforme a obra andasse”, reclama.

De acordo com Núbia Botelho, líder comunitária do Primeiro de Maio, uma vizinha chegou e cair e quebrar o braço por causa de um dos buracos. Ela afirma que cerca de 30 casas foram comprometidas com rachaduras após o início das obras. Agora, os moradores cobram uma posição da prefeitura sobre se devem continuar ou não em suas casas diante dos riscos.

“Muitos imóveis estão trincando, com risco de cair. As famílias ainda estão lá e a prefeitura até agora não se posicionou quanto ao que vai fazer com essas famílias, se elas vão continuar nos imóveis, se vão ser retiradas até que a obra seja concluída, ou se após o fim da obra elas vão ter esses imóveis reformados. Então, está uma insegurança muito grande por parte dos moradores. Quando a máquina começa a trabalhar, ela trepida os imóveis e causa as rachaduras. A obra é necessária, mas também existe a necessidade de dar um apoio para essas famílias que estão próximas à obra. E esse apoio não tá acontecendo”, explica a líder comunitária.

Núbia ainda afirmou que conseguiu um advogado para entrar com uma ação conjunta contra a PBH. “Essas famílias tem que ter direito à moradia digna garantido”, afirma ela, que ainda irá conversar com as famílias sobre a possibilidade de acionar o município na Justiça.

A líder comunitária afirma que um representante da Prefeitura de BH foi até o local e começou a fazer vistorias nos imóveis atingidos, mas não terminou de verificar todas as casas. Ela ainda não sabe quando o agente retornará.

A Itatiaia entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda resposta.

*Por Rádio Itatiaia

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