O deputado estadual Bim da Ambulância (Avante) publicou, nessa segunda-feira (3 de janeiro), vídeos em suas redes sociais mostrando malas com vários itens que teriam sido trazidos dos Estados Unidos. Dentre eles, estariam vários iPhones 16 Pro Max, vários fones de ouvido de luxo da Apple, alguns relógios de luxo da Rolex, produtos de maquiagem e perfumaria e várias caixas de som da JBL.
O parlamentar, que nega ter excedido a cota de US$ 1 mil para compra de produtos no exterior, retirou os objetos de dentro de roupas e outros pertences dentro da mala, como se estivessem escondidos. Bim ainda publicou que um de seus seguidores teria ganhado um sorteio de um dos iPhones junto a uma das caixas de som da JBL. O deputado viajou com a família aos EUA.
Em resposta à reportagem, Bim da Ambulância negou ter comprado os itens de luxo nos Estados Unidos e disse que os vídeos eram apenas “conteúdos da internet”. “O que eu trouxe de lá é mais roupa, o que estava focado em comprar… gravata, sapato, tênis”, declarou.
Questionado sobre os itens de luxo, como os iPhones e os Rolex, Bim disse que já possuía os produtos no Brasil e que os usa para trabalhar como influenciador digital. “O Rolex é meu, que foi e voltou, e é ‘xing ling’. Para quem não entende parece mesmo”, argumentou. Apesar disso, o parlamentar havia postado vídeos em dias anteriores mostrando compras nos EUA.
Questionada pela reportagem sobre os vídeos, a Receita Federal informou que não comenta situações específicas de viajantes internacionais. “Vídeos na internet, mostrando compras por parte de passageiros, não caracterizam, por si só, que houve alguma infração aduaneira. Importante frisar que todo cidadão, independentemente de sua profissão, deve obedecer às normas e leis brasileiras”, pontua o órgão.
A Receita Federal ainda reforça que caso um passageiro seja fiscalizado e descumpra a legislação aduaneira, estará sujeito a sanções que variam desde multa até o perdimento das mercadorias. “Assim, visando a conformidade, a Receita Federal estimula a autodeclaração dos bens por meio do sistema E-DBV pelos viajantes e trabalha com gestão de riscos para seleção dos passageiros”, completa o órgão.
*Por O TEMPO