Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Mulher de motorista de reboque morto por delegado em BH diz que condenação traz ‘alívio’

A mulher do motorista de reboque que foi morto por um delegado de Polícia Civil em 2022, no Centro de Belo Horizonte, comemorou a decisão da Justiça que condenou o réu, Rafael Horário, a mais de 21 anos de prisão nesta quarta-feira (28). O crime aconteceu em julho de 2022, durante uma briga de trânsito na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte (relembre o caso no fim da matéria).

Em entrevista exclusiva à Itatiaia, a esposa de Anderson Cândido de Melo, Maria Regina de Jesus, afirmou que a condenação do delegado é ‘uma vitória após muita dor e agonia’. Ela confessa que sentiu vontade de extravasar após ouvir a sentença anunciada pelo juiz.

A vontade minha era de gritar dentro do tribunal. Eu até perguntei se eu podia ajoelhar e gritar lá dentro, mas eu precisava respeitar a dor do outro também. É uma alegria muito grande. Hoje eu vou deitar e dormir aliviado, mesmo sabendo que meu esposo não está aqui mais’.

Maria Regina também aproveitou para criticar o condenado: ‘Por ele ser um delegado, ele devia estar ali para proteger a sociedade, não para matar. E foi o que ele fez. Ele foi para tirar a vida de um ser humano, de um pai de família que buscava sustento. Eu sei que ele não está mais, mas aquele que tirou a vida dele vai pagar aqui na terra’.

Relembre o caso

O delegado de Polícia Civil, Rafael Horácio, matou o motorista de reboque Anderson Cândido de Melo com um tiro no pescoço na Avenida do Contorno, nas proximidades do Viaduto Oeste. O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2022. A briga teria começado após o motorista “fechar” o veículo do policial. De acordo com a versão do delegado, o ato foi de legítima defesa, pois Rafael entendeu que o reboquista iria atropela-lo. Já o Ministério Público afirma que o crime foi um homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A vítima, de 40 anos, foi levada às pressas para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixou esposa e duas filhas adolescentes.

Foto: Arquivo/Plantao Itabira

Rafael Horácio respondia na Justiça por homicídio qualificado. Ele segue preso na Casa de Custódia de Polícia Civil.

*Por Rádio Itatiaia 

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