Minas Gerais registrou, de janeiro a julho deste ano, quase 4 mil atropelamentos. Em Belo Horizonte, foram mais de 800. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Observatório de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Entre as vias com o maior número de ocorrência, estão o Anel Rodoviário e avenida Amazonas, a de maior extensão da capital.
Números que seguem aumentando neste segundo semestre, inclusive com um caso ocorrido nesta quarta em BH, quando uma criança foi atropelada no bairro Santa Efigênia.
Das dez vias com mais atropelamentos, oito são de Belo Horizonte, uma é de Contagem e outra fica em Juiz de Fora (confira a lista abaixo).
Ao todo, 3.958 pedestres se acidentaram nas vias públicas do estado – um número maior que no ano passado, quando foram registrados 3.851 atropelamentos no mesmo período. Em Belo Horizonte, as ocorrências também aumentaram: 854 vítimas de janeiro a julho deste ano, contra 812 no mesmo período de 2022.
Na avaliação do Governo de Minas, o aumento dos índices revela a importância de trabalhos integrados cada vez mais efetivos para ampliar a conscientização de todos no trânsito. Desde segunda-feira (18), está sendo realizada a Semana Nacional do Trânsito, que busca reforçar a importância da atenção no trânsito – para pedestres e condutores.
O Observatório fez a análise de mais de 16 mil vias. Confira as dez vias mais problemáticas em todo Estado, onde acidentes de trânsito envolvendo pedestres foram mais frequentes, quando analisado o período de janeiro a julho de 2023:
- Anel Rodoviário, em BH (37 vítimas)
- Avenida Amazonas (BH – com 37 vítimas)
- Avenida Afonso Pena (BH – com 30 vítimas)
- Avenida Antônio Carlos (BH – com 27 vítimas)
- Avenida Andradas (BH – com 27 vítimas)
- Avenida Cristiano Machado (BH – com 25 vítimas)
- Avenida do Contorno (BH – com 20 vítimas)
- Avenida Padre Pedro Pinto (BH – com 16 vítimas)
- Avenida Barão do Rio Branco (Juiz de Fora – com 16 vítimas)
- Avenida João César de Oliveira (Contagem – com 14 vítimas)
Vítimas fatais
Os índices de pedestres vítimas fatais apresentaram redução no estado e em Belo Horizonte. Com imprescindível e importante apoio da população, o objetivo é reduzir ainda mais. De janeiro a julho de 2023, 140 pedestres perderam a vida nas vias públicas de Minas Gerais, sendo 22 pessoas na capital mineira. No mesmo período de 2022, 151 transeuntes foram vítimas fatais em Minas e 26 em BH.
As estatísticas do Observatório de Segurança Pública da Sejusp mostram que o Anel Rodoviário, em seu trecho na capital, ocupa a primeira colocação em via onde pedestres mais perdem a vida no estado. A Cristiano Machado segue na segunda colocação deste triste índice. Ambas se destacam por concentrar um número significativo desses registros. No Anel Rodoviário, dez pedestres foram vítimas fatais em 2022 e seis pedestres fatalmente perderam a vida no período de janeiro a julho deste ano. Já na Cristiano Machado foram três vítimas em 2022 e duas vítimas até julho deste ano.
Semana Nacional do Trânsito
Nesta quarta-feira (20), as forças de Segurança Pública de Minas Gerais, sob coordenação da Sejusp, promovem uma ação educativa na Praça da Savassi, em Belo Horizonte. A iniciativa faz parte da programação da Semana Nacional do Trânsito e tem como objetivo conscientizar a população de que a responsabilidade para a segurança nas vias é de todos: motoristas, pedestres, motociclistas e ciclistas.
Dentre as ações haverá simulação de resgate, participação da Transitolândia, exposição de veículos batidos e apresentação da banda do Corpo de Bombeiros Militar. De forma mais leve e divertida, a Sejusp distribuirá informações e adesivos coloridos e divertidos, com frases inspiradas no jeitinho mineiro de se expressar. A intenção é chamar a atenção da população e fazer a mensagem sobre a construção de um trânsito mais seguro circular.
De acordo com o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, “a intenção das ações é trazer luz às questões de trânsito. Os pedestres são o foco desta campanha, uma vez que o número de atropelamentos ainda é muito alto. Forças de Segurança e órgãos de fiscalização intensificam suas ações repressivas e educativas neste período. Acidentes não escolhem sexo, idade ou classe social, eles podem atingir a todos e é por essa razão que buscamos cada vez mais a conscientização de todos”.
* Com Agência Minas