A médica oftalmologista Paula Sandri Frantz, de 33 anos, foi morta com seis tiros ao entrar em uma caminhonete S10, nessa segunda-feira (7/4), em Itajubá, no Sul de Minas. A família dela é do Mato Grosso do Sul. O assassinato teria sido por causa de um golpe envolvendo a venda de um trator.
Paula trabalhava no Hospital de Clínicas de Itajubá desde 2023. A médica voltava do almoço quando foi executada, às 12h15, na Rua Miguel Mohallem, no Bairro Morro Chic. O enterro ocorreu no Cemitério Municipal da cidade, na tarde desta terça (8/4).
Diligências da Polícia Civil (PCMG) de Itajubá buscam esclarecer o crime e a dinâmica dos fatos que levaram à morte de Paula e identificar os autores e a motivação do crime. O procedimento é realizado sob sigilo, pela natureza do caso e para preservar a investigação.
O crime e a prisão dos suspeitos
Segundo o boletim de ocorrência, a médica abriu a porta da caminhonete, e dois suspeitos se aproximaram em um Peugeot. Um deles desceu do carro e atirou. Eles fugiram em seguida.
A Polícia Militar encontrou e prendeu um homem, de 25 anos, e apreendeu um adolescente, de 16, que estavam no carro, na MG-350, em Delfim Moreira, a cerca de 30km de distância, ainda na tarde dessa segunda. De acordo com a polícia, eles estavam com uma pistola Taurus calibre 7,65mm, com um carregador e confessaram ter matado a médica. Ambos vieram de Campo Grande (MS).
Suspeitos falam da motivação do crime
Um dos suspeitos contou que a motivação da morte da médica foi um golpe na venda de um trator. Ele disse que ficou preso em 2022 com o pai da médica, no Presídio de Campo Grande, e, juntos, teriam tramado o crime.
O golpe, segundo o homem de 25 anos, envolveu o anúncio de um trator em uma plataforma de compra e venda, por R$ 700 mil, mas teria sido vendido por R$ 300 mil. Ainda segundo o suspeito, o pai da médica teria usado os dados dela na transação.
No boletim de ocorrência do homicídio, o suspeito alega que a médica receberia 31% da venda, mas teria ficado com o valor total do trator. Segundo ele, foi o motivo para o assassinato dela.
Já o adolescente disse que receberia R$ 20 mil para matar a médica. Ele e o comparsa preso contaram que chegaram a Itajubá na última sexta-feira (4/4) para a execução. Os dois ficaram em um hotel e sabiam o horário do almoço dela, no dia do crime.