Segunda-feira, Abril 7, 2025
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Mais de 50 países buscam acordo comercial com os EUA após tarifas de Trump

Mais de 50 países entraram em contato com a Casa Branca para iniciar negociações comerciais, disse um importante assessor econômico do presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo (6), enquanto as autoridades americanas tentavam defender as novas tarifas que desencadearam uma turbulência global.

Durante uma entrevista no programa “This Week”, na emissora norte-americana ABC News, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, negou que as tarifas fizessem parte de uma estratégia de Trump para derrubar os mercados financeiros e pressionar o Federal Reserve dos EUA a reduzir as taxas de juros.

Ele disse que não haveria “coerção política” sobre o banco central. Em uma postagem no Truth Social, na sexta-feira (4), Trump compartilhou um vídeo que sugeria que suas tarifas tinham o objetivo de derrubar o mercado de ações de propósito, em uma tentativa de forçar a redução das taxas de juros.

Em uma entrevista separada, no programa Meet the Press, no canal estadunindense NBC News, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, minimizou a queda do mercado de ações e disse que não havia “nenhuma razão” para prever uma recessão com base nas tarifas.

Trump abalou as economias de todo o mundo depois de anunciar amplas tarifas sobre as importações dos EUA, na quarta-feira (2), desencadeando taxas retaliatórias da China e provocando temores de uma guerra comercial global e recessão econômica.

Nos programas de entrevistas da manhã de domingo, as principais autoridades de Trump procuraram retratar as tarifas como um reposicionamento inteligente dos EUA na ordem comercial global, e as interrupções econômicas como uma consequência de curto prazo.

As ações dos EUA caíram cerca de 10% nos dois dias desde que Trump anunciou um novo regime tarifário global.

Essa queda foi atribuída por analistas de mercado e grandes investidores ao impulso agressivo de Trump em relação às tarifas, que a maioria dos economistas e o chefe do Federal Reserve dos EUA acreditam poder estimular a inflação e prejudicar o crescimento econômico.

Os mercados, atordoados pelas tarifas, enfrentam mais uma semana de possível turbulência tarifária, com as consequências das amplas taxas de importação de Trump mantendo os investidores nervosos após a pior semana para as ações dos EUA desde o início da crise da COVID-19, há cinco anos.

Hassett disse ao programa “This Week”, da ABC News, que as tarifas de Trump levaram, até agora, “mais de 50” países a entrar em contato com a Casa Branca para iniciar negociações comerciais.

No domingo (6), o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ofereceu tarifas zero como base para as negociações com os EUA, comprometendo-se a remover as barreiras comerciais, em vez de impor medidas recíprocas, e dizendo que as empresas taiwanesas aumentarão seus investimentos nos EUA.

Ao contrário de outros economistas, Hassett disse que não esperava um grande impacto sobre os consumidores, pois os exportadores provavelmente reduziriam os preços.

Bessent disse à NBC News que não previa uma recessão com base nas tarifas, citando um crescimento de empregos nos EUA mais forte do que o previsto.

“Pudemos ver, pelo número de empregos na sexta-feira, que ficou bem acima das expectativas, que estamos avançando; portanto, não vejo razão para prever uma recessão”, disse Bessent.

*Com CNN BRASIL

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