O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se pronunciar sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que ocorre na Faixa de Gaza, e classificou o cessar-fogo acordado entre as partes como ‘desumano’, devido à demora na resolução do conflito.
“Ontem, depois de 14 mil mortos, depois de quase 6 mil desaparecidos, depois de quase 6 mil crianças mortas, depois de centenas de mulheres fazerem cesarianas para terem filhos antes de morrer. Depois de tudo isso, os insanos que fizeram a guerra resolvem fazer um pacto de quatro dias, quando não poderia nem ter começado a guerra. Precisava deixar 6 mil crianças desaparecidas? Precisava sequestrar e fazer reféns? O problema é que nós, seres humanos, estamos ficando desumanos”, disse ele.
Como já se manifestou outras vezes, Lula defende uma ‘saída política’ para o confronto. Ainda nesta quarta-feira (22), na Cúpula Virtual do G20 – grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo – o presidente já havia se pronunciado sobre o acordo de cessar-fogo, fazendo elogios à saída encontrada pelos representantes de Israel e do Hamas. “Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina”, avaliou.
Cessar-fogo
Ontem, após mais de um mês desde o início do conflito, o grupo terrorista Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, concordou com a libertação de 10 reféns israelenses e 30 prisioneiros palestinos após um acordo de trégua ser firmado com Israel. O cessar-fogo não significa o fim da guerra na Faixa de Gaza, conforme destacou o governo de Israel em um comunicado.
“O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel procedente de Gaza”, garantiu Israel em nota.
Também em um comunicado, o Hamas afirmou que está pronto para o reinício do confronto. “Confirmamos que nossos dedos vão continuar nos gatilhos e que nossos batalhões triunfantes vão permanecer de prontidão”, declarou.
*Da Redação Itatiaia