Cinco criminosos ligados a facções criminosas e que deixaram o sistema prisional de Minas Gerais por meio do benefício da saidinha temporária no final do ano passado, ainda estão foragidos. A informação é da Polícia Militar, que lançou uma operação para prender todos os detentos que não retornaram à penitenciária conforme determinação do Poder Judiciário.
De acordo com o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador das Promotorias Criminais de Minas Gerais, a liberação dos criminosos colocam a sociedade em risco.
“Cinco deles são integrantes de organizações criminosas, o que traduz o risco a que a nossa sociedade está exposta em decorrência da concessão desses benefícios. A nossa orientação, que já foi encaminhada a todos os promotores de Justiça criminais do estado é para que haja o pedido de regressão do regime, a expedição do mandado de prisão em relação a eles e todas as forças de segurança estão empenhadas em fazer com que essas pessoas que não retornaram voltem ao cárcere”, afirma.
De acordo com a PMMG, os cinco criminosos são de alta periculosidade e estiveram envolvidos em crimes como tráfico internacional de drogas, explosão a caixa eletrônico, roubo e porte de armas.
Os detalhes constam em um documento da corporação, o qual a Itatiaia teve acesso, e que é assinado pelo pelo Chefe do Estado Maior, Coronel Marcelo Ramos de Oliveira. Para prender esses criminosos, a PM destacou viaturas de batalhões especializados como ROTAM, Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a elite da Polícia Militar.
Após o término do prazo para o retorno dos detentos ao sistema prisional, 118 presos não retornaram e foram dados como foragidos. Quarenta e cinco deles foram presos, novamente, pela Polícia Militar, até o último domingo (7), quando o sargento Roger Dias da Cunha morreu após ser baleado por um dos beneficiados da saidinha temporária.
No mesmo dia, a PM deflagrou a “Operação Escudo” e prendeu mais 36 pessoas que não cumpriram a lei e não retornaram para o sistema prisional. Outros 37, entre eles, os cinco ligados a facções criminosas, segundo as forças de segurança, ainda estão sendo procurados.