A Justiça de Minas Gerais determinou, nesta quarta-feira (20) a soltura do homem de 58 anos suspeito de vender whisky adulterado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A decisão foi expedida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Betim.
O homem foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia na terça-feira (19).
Segundo a Polícia Civil, a investigação começou após o surgimento dos casos suspeitos de intoxicação na cidade. Após buscas em várias lojas, os investigadores encontraram 35 garrafas de whisky com sinais de adulteração. Lacres violados e embalagens com sinais de falsificação também foram encontradas.
Ao ser abordado, o suspeito não conseguiu comprovar que adquiriu as bebidas legalmente nem falou qual pessoa ou empresa forneceu as garrafas e foi preso em flagrante por comercialização de bebida alcoólica falsificada, corrompida e adulterada.
Nove pessoas ficaram intoxicadas ao consumirem a bebida, sendo que pelo menos dois pacientes morreram após a ingestão.
Veja tudo o que se sabe sobre o caso:
Quando surgiram os casos?
O primeiro paciente deu entrada no Hospital Regional de Betim na terça-feira (12), falecendo na quarta-feira (13). Os outros casos foram registrados nos dias seguintes.
Quantas pessoas foram internadas? Quantas morreram?
Até o momento, a Prefeitura de Betim cita nove casos suspeitos, sendo que dois deles evoluíram para óbito. Um terceiro óbito chegou a ser investigado, mas foi descartado pelas equipes de Saúde do município e do estado.
Onde as vítimas teriam comprado o whisky adulterado?
Os casos estão concentrados na região do Citrolândia, bairro que fica perto das comunidades São Jorge, São Marcos e Colônia Santa Isabel, além de ficar no limite das cidades de Mário Campos e São Joaquim de Bicas, também na Grande BH.
Qual foi a causa da morte das vítimas?
Segundo a Polícia Civil, as duas pessoas mortas por intoxicação por bebida alcoólica apresentaram sintomas de hepatopatia (doença de fígado) e intoxicação exógena (interação de agentes tóxicos com o sistema biológico humano).
Só o whisky era adulterado? Haviam outras bebidas?
Inicialmente, surgiram boatos de que as pessoas intoxicadas teriam ingerido whisky e gin adulterados. Mas, até o momento, os órgãos oficiais citam apenas a ingestão de whisky.
*Com informações de Célio Ribeiro e Enzo Menezes/Redação Itatiaia