A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta segunda-feira (9 de dezembro), que investiga a empresa Phormar, localizada em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Denúncias dão conta de que a organização ‘sumiu’ com o dinheiro de fundos de formatura, e estudantes afirmam que tiveram seus sonhos destruídos.
Algumas das possíveis vítimas são alunos do curso de medicina de uma faculdade do município. Em nota, o grupo que teria sido lesado afirmou que a empresa fez várias transferências bancárias do fundo de formatura para contas da própria organização, sem autorização, tendo retirado todo o dinheiro.
“Assim que descobrimos, imediatamente nos reunimos com o dono da empresa Phormar para cobrar explicações. Devido a falta de garantias por parte do dono da empresa que o nosso dinheiro seria devolvido amigavelmente e vendo que a mesma situação havia ocorrido com diversas outras turmas, percebemos que a única maneira de reaver o nosso dinheiro seria através da Justiça. Entramos com um processo onde pedimos a devolução do nosso dinheiro para a nossa conta, de onde nunca deveria ter sido retirado”, afirma o grupo.
Conforme as possíveis vítimas, na última-quinta-feira, após várias turmas de medicina e outros cursos também terem notado que suas contas estavam vazias, a empresa amanheceu de portas fechadas. O grupo afirma que tenta reaver a quantia na Justiça e pergunta onde está o dinheiro de todas as pessoas.
Investigações
A Polícia Civil informou que ao tomar conhecimento dos fatos e receber as primeiras ocorrências com as representações, instaurou procedimento para apuração. Conforme a instituição, o proprietário da empresa foi intimidado e prestou depoimento na delegacia, apresentou espontaneamente o passaporte e se comprometeu a não sair da comarca.
O celular do empresário foi apreendido, assim como computadores da empresa, documentos e contratos dos fundos de formatura. Outras diligências serão realizadas.
Conforme a PCMG, várias ocorrências foram registradas, mas, a princípio, todas serão agrupadas em um único procedimento. Também foi apurado que a empresa administrava fundo de formatura no Rio de Janeiro, e isso também será investigado.
As contas da empresa, que permanece fechada, foram bloqueadas. A Polícia Civil afirmou que não descarta outras ações investigativas e que as vítimas serão intimadas em breve para prestar depoimento.
A reportagem entrou em contato com a empresa e aguarda retorno.
*Por O TEMPO