O jogador de futebol, de 20 anos, suspeito de participar de um estupro coletivo contra uma adolescente de 16, se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira (26), em Belo Horizonte. Ele foi identificado como Lucas Duarte Almeida, também conhecido como Lucão.
O atleta compareceu a Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da capital mineira, acompanhado do advogado. Ele usava um casaco com capuz e uma máscara para esconder o rosto. O jogador tinha um mandado de prisão em aberto e era considerado foragido.
Além de Lucas, outros dois jovens, ambos de 19 anos, são suspeitos do crime. Segundo a Polícia Civil, eles foram presos na quinta-feira (25). Além do estupro coletivo, o trio é investigado por ter espancado e ameaçado a vítima.
Entenda o caso
Segundo a delegada Letícia Müller, que investiga o caso, o atleta foi o mentor do crime, ocorrido no dia 31 de março deste ano. Na data, ele e dois amigos, ambos com 19 anos, foram a uma boate em Belo Horizonte com a vítima.
Mas, como a adolescente era menor de idade, ela não pôde entrar na casa noturna e ficou do lado de fora. O grupo, então, decidiu ir até a casa de um dos jovens de 19 anos, no bairro Palmares, região Nordeste de BH.
Ao chegarem na residência, o rapaz de 20 anos foi para o quarto com a adolescente. O jovem é jogador de futebol das categorias de base de um clube profissional da cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, mas mora na capital mineira.
A princípio, o casal teria uma relação sexual consentida, mas o jogador chamou os amigos, que estavam na sala, para participar. Pelo telefone, o suspeito disse que a menina teria topado se relacionar com os três, o que não era verdade.
A menor de idade foi estuprada e espancada pelo trio. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz de 20 anos foi quem ordenou que os outros batessem nela. A agressão foi filmada por um celular.
Após a adolescente chegar machucada em casa, a mãe dela procurou a polícia para denunciar os rapazes. Os suspeitos ainda ameaçaram a vítima, dizendo que se ela não retirasse a denúncia, eles iriam divulgar os vídeos na internet.
Jogador é suspeito de ser mentor do crime
Segundo a delegada, o jovem seria o mentor do crime. “O que deu para perceber é que foi, então, esse indivíduo de 20 anos que foi o mentor do crime. Até porque foi ele quem teria iniciado a relação sexual com essa menina, e ele que teria chamado os dois. O jogador teria falado que a adolescente consentiu que os dois também fossem ter relações sexuais com ela, só que a vítima nega. Ela fala que em nenhum momento teria permitido essa relação sexual em conjunto”, detalha.
Ainda de acordo com Müller, a partir do momento que a vítima começou a ser agredida, ela já não tinha mais condições de consentir ou sequer falar algo.
A delegada também relata que o jogador de futebol ensinou os amigos a como bater na adolescente. “Ele orientava como eles deveriam agredir ela, como um soco deveria ser deferido”, acrescenta.
*Por Rádio Itatiaia