Bombeiros e Militares do 16º Batalhão tiveram trabalho para conter dezenas de pessoas que tentaram incendiar um sacolão e agredir o proprietário, de aproximadamente 60 anos, durante a noite dessa quarta-feira (10) no bairro Capitão Eduardo, região Nordeste de Belo Horizonte. A denúncia de um suposto crime de estupro teria sido o estopim para o caso.
Populares revoltados
Por volta das 20h, o proprietário da mercearia observou, pelas câmeras de segurança do local, a aproximação de dezenas de pessoas, que começaram a atear fogo em papelões e gritar xingamentos contra ele, o chamando de “pedófilo” e “desgraçado”. Ele acionou o Corpo de Bombeiros e a polícia.
Os bombeiros chegaram primeiro ao local, que fica na rua Flor de Cerejeira. Quando o proprietário se aproximou, chegou a ser agredido por uma pessoa. O clima hostil piorou ainda mais, obrigando os militares a manterem o idoso dentro da viatura. Acompanhado da esposa, ele foi levado até uma companhia da polícia, no bairro São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrências, populares ainda invadiram a casa do idoso, e quebraram dois veículos que estavam estacionados. Os carros foram retirados de lá por parentes.
Violência sexual contra criança
A enteada do idoso teria espalhado na região, de acordo com testemunhas, que o homem teria abusado sexualmente da filha dela, de apenas três anos de idade, o que revoltou a população local, motivando a manifestação. A mulher não foi vista, nem foi ouvida pela polícia durante a confusão.
A esposa do idoso, mãe da mulher e avó da criança que teria sido abusada, negou que o crime teria acontecido. Afirmou, de acordo com a polícia, que a filha tem problemas mentais e que toma medicações controladas, e que, ainda, a casa é repleta de câmeras de segurança, que poderão provar a inocência do marido.
A ocorrência foi encerrada como dano e agressão. O idoso e sua família foram orientados a ir para a casa de parentes.
*Por Rádio Itatiaia