Já é noite, o telefone toca na Central da Polícia Militar, em Unaí (MG), no Noroeste do estado. Do outro lado da linha, uma mulher pede socorro, diz que tinha acabado de esfaquear o pai. E passa o endereço, no Bairro Cachoeira. O homem, de 50 anos, foi socorrido, mas morreu. A filha, de 23, está presa.
Segundo o major Carlos, quando os militares chegam à casa, deparam com a filha do lado de fora, aguardando a chegada da PM. Eles entram na casa e encontram o pai esfaqueado, sangrando, deitado em um colchão, na sala da casa.
Ele ainda está com vida. É socorrido, levado para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde acaba morrendo, vítima de uma facada no peito.
A única testemunha, segundo o sargento, é a mãe da autora do crime. Ela conta, segundo o militar, que o pai morava e trabalhava no estado de Tocantins e estava de férias, em Unaí.
Pai e filha estavam bebendo desde a tarde de terça-feira. Depois disso, ele teria deitado no colchão colocado no chão. A filha, segundo a testemunha, ficou no sofá e manuseava o celular.
A mãe foi se deitar. Mas, ao escutar um barulho, voltou à sala e viu a filha com a faca na mão, ensanguentada. Investiu contra ela, tomando-lhe a faca. Correu para socorrer o marido.
Mandou a filha ligar para a PM e só largou o marido quando os militares chegaram.
A filha confessou o crime, mas não deu detalhes e nem quis falar sobre o que a levou a matar o pai. Ela está presa na Delegacia de Homicídios de Unaí e ainda não prestou depoimento.
*Por EM