O homem que matou a fisiculturista Tereza Cristina Peres, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres, de 22 anos, em julho de 2019, foi condenado nesta quarta-feira (6), a 41 anos e quatro meses de prisão por duplo homicídio qualificado. Essa é a segunda vez que Paulo Henrique da Rocha é condenado pelo crime, já que o primeiro julgamento foi anulado após um recurso da defesa (relembre o caso no fim da matéria).
Após o primeiro julgamento, os advogados do réu pediram a anulação da condenação, já que os jurados não haviam considerado o laudo de semi-imputabilidade do acusado. Na sessão desta quarta, os jurados rejeitaram esta tese e condenaram Paulo Henrique da Rocha a 41 anos e quatro meses de prisão por dois crimes. São eles:
- Feminicídio consumado triplamente qualificado contra Tereza Cristina Peres;
- e homicídio duplamente qualificado contra Gabriel Peres.
O juiz Ricardo Sávio de Oliveira, 1º presidente do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, negou o direito para o réu recorrer em liberdade e manteve a prisão preventiva do acusado, que está detido desde o crime, em 2019.
Relembre o caso
Em 29 de julho de 2019, a fisiculturista Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres, de 25 anos, foram mortos enquanto saíam de uma academia na Av. Bernardo Vasconcellos, no bairro Ipiranga, região Nordeste de Belo Horizonte.
O crime aconteceu por volta das 21h50. Uma câmera de monitoramento flagrou o momento em que uma pessoa abordou os dois, por trás, e efetuou os disparos.
O principal suspeito, Paulo Henrique da Rocha, foi preso em 31 de julho de 2019. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, ele é acusado de feminicídio com agravante de crime cometido por motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas.
Segundo a denúncia, o réu mantinha um relacionamento conturbado com a vítima, “marcado por inúmeras ameaças, humilhações e agressões”. De acordo com o Ministério Público, Paulo tinha um ciúmes doentio da ex-companheira com o próprio filho. Ele chegou a acusá-lo de manter relações sexuais com a mãe.
Cansada das humilhações e ameaças, Tereza terminou o relacionamento. Mas Paulo não aceitou a separação e começou a assediar e ameaçar Tereza e seu filho Gabriel. Várias medidas protetivas de urgência foram expedidas para proteger as vítimas.
*Por Rádio Itatiaia