Margareth de Souza foi morta aos 38 anos pelo próprio marido em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, em 28 de março de 2019. Pouco mais de cinco anos depois, na última quinta-feira (25), a família finalmente pôde respirar aliviada e ter a sensação de justiça. Antônio Souza da Silva, o autor do crime, foi preso após ser condenado a uma pena de 15 anos.
“É um sentimento de alívio. A gente sabe que a prisão dele não vai trazer ela de volta, mas só dele começar a pagar pelo que fez, a gente tem a sensação de que a justiça está sendo feita”, diz a sobrinha da vítima, Gabriela Souza, de 23 anos.
Margareth foi morta com uma facada no ombro esquerdo, próxima ao coração. O casal estava junto há cinco anos e moravam sozinhos na mesma casa. Segundo os vizinhos, era possível ouvir os dois brigando e discutindo de vez em quando, mas nunca houve sinais de agressões físicas ou ameaças de morte.
“Foi um choque muito grande na época. A gente não esperava. Ele não aparentava ser capaz de fazer uma coisa dessas”, afirma Gabriela.
Após o crime, Antônio fugiu em um carro branco. O suspeito foi preso uma semana depois, no dia 4 de abril. A sobrinha de Margareth conta que o assassino da tia chegou a ficar um ano na prisão, mas foi solto para aguardar o julgamento em liberdade por ser réu primário.
“O julgamento foi cancelado quatro vezes por conta da pandemia. Mesmo assim eu tinha muita fé que ele seria preso, mas muita gente tentava me desanimar, falando que não ia dar em nada. Mas a gente nunca desistiu. Toda vez que falavam que ia ter um julgamento, a gente juntava a família toda, fazia camisa, faixas e ia para a porta do fórum pedir justiça”, explica a sobrinha.
Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) confirmou a prisão do autor do crime. O órgão informou que Antônio estava com tornozeleira eletrônica desde 1º de maio de 2020. Na última quinta-feira (25), ele foi preso e encaminhado para o Presídio de Ibirité por determinação do poder judiciário.
Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) afirmou que o processo contra Antônio corre em segredo de Justiça.
*Por Rádio Itatiaia