O diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, revelou que a demissão de Nicolás Larcamón foi definida antes da final do Campeonato Mineiro. Nessa segunda-feira (8), com o vice do Estadual, o técnico argentino foi desligado do cargo. Já nesta terça (9), o clube anunciou a contratação de Fernando Seabra, ex-comandante do sub-20 do próprio Cruzeiro.
Em coletiva na Toca da Raposa II, em Belo Horizonte, Pedro Martins comentou que a saída de Larcamón foi motivada por uma “desconexão” entre as ideias da diretoria e da comissão técnica.
“O primeiro ato foi, e pode até ter sido falho, insistir. ‘Vamos insistir, porque quem sabe funcione. Vamos trabalhar mais, fazer com que isso dê certo’. E usando o Campeonato Mineiro justamente para chegar nessa conexão. A partir do momento que identificamos uma distância importante entre o que era método da comissão e o método do Cruzeiro, ficamos em um dilema. E aí? O que a gente faz? A partir do momento que você quer construir um clube forte, sólido”, disse.
“Antes da final, a gente já estava com a decisão pronta de não dar seguimento, porque não víamos perspectiva. A avaliação de trabalho é justamente essa. ‘E se a gente insistir um pouco mais agora? Será que tem perspectiva de funcionar?’. A gente não via mais perspectiva. É uma decisão dura, difícil, porque identificamos potencial, mas, na prática, não houve conexão entre a maneira do clube trabalhar e a comissão técnica”, complementou.
De acordo com Martins, a chegada de Seabra vai potencializar todas as áreas do Cruzeiro, sejam elas dentro e fora do campo.
“Por isso, foi tomada a decisão da vinda do Seabra. Se para a gente é muito importante o método do Cruzeiro, o fortalecimento da instituição, nada melhor do que o fruto desse Cruzeiro, que é o Seabra. Não só porque ele acredita, mas porque acreditamos que ele tem a liderança, a capacidade e as ferramentas para fazer com que todas as áreas cresçam nesse processo”, concluiu.
Confiança da diretoria em Seabra
“Estamos felizes com o retorno do Seabra. Essa volta representa uma reconexão com sua identidade, com seu método, com sua forma de trabalhar. Acreditamos que o Seabra, além da figura profissional que construiu, representa tudo o que o Cruzeiro construiu nos últimos dois anos e meio. O fato de valorizar a base e de fazer com que o jogo seja coletivo foram as principais premissas para tomar essa decisão”, disse Pedro Martins.
*Por Rádio Itatiaia