Um homem de 36 anos foi preso preventivamente nesta quarta-feira (13) suspeito de ter assassinato com 11 tiros, o frequentador de um bar que teria mexido com a namorada dele enquanto passavam em frente ao estabelecimento, no bairro Madri, região Norte de Belo Horizonte.
O crime ocorreu no dia 17 do mês passado. De acordo com as investigações da equipe da 3ª Delegacia Especializada de Homicídios Venda Nova, após o suspeito entender que a vítima teria falado alguma coisa para a mulher – sem, contudo, gesticular em direção ao casal, que seguiu caminho – ele foi para casa e, menos de um minuto depois, apareceu com uma arma de fogo em punho, virado em direção ao bar, e efetuou os primeiros disparos contra a vítima.
O homem ainda tentou fugir do ataque, mas foi perseguido. Conseguiu correr cerca de 50 metros até que finalmente caiu. O investigado foi para casa, onde a namorada o esperava no portão.
Ainda de acordo com as investigações da delegacia, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), percebendo que a vítima ainda estava viva, o suspeito correu novamente em direção a ela e atirou mais vezes, totalizando 11 disparos de arma de fogo. Em seguida, ele fugiu.
A equipe de investigação entrevistou testemunhas e descobriu que os últimos disparos contra a vítima, que já estava caída, foram realizados enquanto o filho do homem, de 12 anos, segurava a mão do pai.
“Pelos depoimentos colhidos, a família acredita que a vítima poderia estar viva, caso o suspeito não tivesse agido novamente, sendo que uma testemunha e o filho da vítima quase foram atingidos, ou seja, ele também causou risco comum”, explica a delegada responsável pelo caso, Ariadne Coelho.
O investigado já tinha procedimentos por posse para uso e consumo de drogas ilícitas e lesão corporal, bem como registros por ameaças, com uso de arma de fogo e arma branca, por desentendimentos banais. Além disso, consta decisão judicial válida de medidas protetivas (violência contra mulher) em desfavor dele. A delegada ressalta que o investigado agiu por motivo banal.
“Além disso, ele foi extremamente cruel em sua ação, que ainda resultou perigo comum: primeiro, porque efetuou diversos disparos na frente do filho da vítima; e segundo, como se não bastasse que a vítima já tivesse agonizando no chão, ele retornou ao local e descarregou mais uma vez a arma contra o homem”, afirmou Ariadne.
O inquérito policial está em fase de conclusão e o investigado será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, por meio que causou perigo comum e por recurso que dificultou a defesa da vítima, combinados com tentativa de homicídio.
*Por Portal Hoje em Dia