Autoridades dos EUA alertaram a Coreia do Norte que “pagará um preço” se fechar um acordo de armas com a Rússia, depois de dizerem que as negociações estavam “avançando” entre as duas nações.
Se Pyongyang fornecer armas a Moscou para usar na guerra contra a Ucrânia, isso “não terá um bom reflexo para a Coreia do Norte e eles pagarão um preço por isso na comunidade internacional”, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em uma coletiva de imprensa na terça-feira (5).
Sullivan não entrou em detalhes sobre as possíveis repercussões para a Coreia do Norte, que já está sob sanções das Nações Unidas e dos EUA impostas pelo programa de armas de destruição em massa de Pyongyang.
“Continuamos a transmitir privada e publicamente aos norte-coreanos – e pedimos aos aliados e parceiros que fizessem o mesmo – a nossa opinião de que eles deveriam respeitar os seus compromissos declarados publicamente de que não fornecerão essas armas”, disse Sullivan.
Na segunda-feira (4), o Conselho de Segurança Nacional afirmou que as negociações sobre armas entre a Rússia e a Coreia do Norte estão “avançando ativamente”, depois que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, visitou Pyongyang em julho, na tentativa de convencê-lo a vender munição de artilharia.
A porta-voz do conselho, Adrienne Watson, disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, espera que “as discussões continuem”, incluindo “o envolvimento diplomático de nível de líder na Rússia”, mas não disse quando ou onde um potencial encontro entre Kim e o presidente russo, Vladimir Putin, na Rússia poderia ocorrer.
A CNN pediu comentários à embaixada russa em Washington. O Kremlin recusou-se a comentar a alegação, com um porta-voz dizendo na terça-feira: “Não temos nada a dizer sobre o assunto”.
*Com CNN BRASIL