A Polícia Civil de Minas investiga um esquema criminoso de fraude a partir de clonagem de cartões de crédito e falsificação de documentos. Um homem de 22 anos foi preso em flagrante, pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica, ao efetuar compra de R$ 120 mil em uma loja de materiais de construção, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Ele se passava pelo titular do cartão. Após denúncia de que já teria praticado golpes em uma grande rede de lojas do setor de construção, policiais civis da 4ª Delegacia Centro chegaram ao suspeito quando receberam informações de que o homem havia retornado ao local, na última sexta-feira (23/2), e estaria novamente cometendo crimes. Imediatamente, a equipe foi ao estabelecimento e surpreendeu o alvo.
Com o suspeito, os policiais apreenderam grande quantia em dinheiro, cartões de crédito e celulares utilizados para praticar a fraude, além de papéis e documentos com anotações de números de cartões, CPFs e senhas de vítimas anteriores do mesmo golpe. O material será analisado para auxiliar na continuidade das investigações. Um veículo usado para cometer os crimes também foi apreendido e está à disposição da Justiça no pátio credenciado.
Grupo criminoso
Um inquérito policial já foi instaurado e está em tramitação na unidade policial. Os levantamentos até então realizados apontam que os prejuízos às vítimas superam R$ 200 mil. Segundo as investigações, o homem detido faz parte de um grupo criminoso de estelionatários que atuam na modalidade de clonagem de cartões de crédito e falsificação de documentos.
Conforme ressalta o titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil Centro, delegado Alessandro Santa Gema, “essa prisão em flagrante foi de relevante importância porque trouxe fatos novos à investigação, com identificação de um dos integrantes do grupo criminoso e compreensão da dinâmica delituosa praticada pela quadrilha”.
Como funciona o golpe
Elementos da investigação indicam que, durante compras realizadas pelas vítimas inserindo seus cartões em máquinas, principalmente de vendedores ambulantes, os dados dos cartões são copiados. A partir daí, novos cartões falsos são confeccionados e utilizados para cometer as fraudes.
Em posse dos cartões, integrantes do grupo se dirigem às lojas e, se passando pelas vítimas, compravam cartões presentes para depois trocá-los por produtos. Esse artifício era utilizado como forma de dificultar o rastreio e embaraçar as investigações.
O trabalho investigativo prossegue com o objetivo de identificar, localizar e prender os demais membros do grupo, bem como desarticular financeiramente a organização.
*Por Portal Hoje em Dia