O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ingressaram com uma ação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista associar o casal ao “sumiço” de 261 bens do Palácio da Alvorada. O patrimônio dado como desaparecido foi encontrado no próprio imóvel.
Em 14 de janeiro de 2023, Lula insinuou que os Bolsonaro teriam levado os móveis quando deixaram o Alvorada. Em café da manhã com jornalistas, o presidente se queixou sobre o estado de conservação do palácio: “A sala que tinha sofá já não tem mais. O quarto que tinha cama, já não tinha mais cama. (…) Eu não sei como é que fizeram. (…) Não sei se eram coisas particulares do casal (os Bolsonaros), mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público, tem que ser cuidado”.
Em resposta após o relato de que os móveis estavam no próprio Alvorada, Jair Bolsonaro disse que “Lula incorreu em falsa comunicação de furto”.
Na ação, que foi registrada no 4º Juizado Especial Cível de Brasília (DF) nesta sexta-feira (22), Bolsonaro e Michelle pedem que Lula se retrate e os indenize em R$ 20 mil. O dinheiro, pede o casal, deve ser direcionado como doação a uma organização não-governamental.
Eles pedem, ainda, que a retratação aconteça em coletiva de imprensa, em uma entrevista a um canal de notícias e nos canais oficiais de comunicação do governo federal.
Uma audiência de conciliação já foi marcada para 3 de junho.
Os 261 bens
Na lista do patrimônio dado como desaparecido e que foi encontrado, estão produtos variados. Vão desde obras de arte e objetos históricos de decoração (como um tapete persa) a aparelhos tecnológicos, como duas Smart TV 4k e aparelhos celulares.
*Por Rádio Itatiaia