Uma biomédica, de 33 anos, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa terça-feira (24 de outubro) após a morte de uma paciente, de 46 anos, que foi submetida a um procedimento estético em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. Outros três funcionários da clínica também foram indiciados.
De acordo com informações da PCMG, o marido da vítima contou que a mulher foi informada que o procedimento de lipoaspiração custava R$ 18 mil. No entanto, a cirurgia acabou saindo pelo valor promocional de R$ 12 mil, com encaixe rápido e sem avaliação de risco cirúrgico.
A mulher foi submetida à cirurgia, mas, durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e levada para o hospital, mas não resistiu.
Após a morte da paciente, investigadores e peritos compareceram à clínica e constataram irregularidades, autuando a biomédica e uma técnica de enfermagem em flagrante.
As apurações apontaram irregularidades na clínica, como falta de equipamentos de suporte e ocultação de itens usados nos procedimentos. Foi concluído que a morte da mulher aconteceu por intoxicação devido ao excesso de anestésicos, hemorragia, parada cardiorrespiratória e aspiração que resultou em lesão pulmonar.
Com base nas provas, foi concluído que a biomédica assumiu o risco de matar a vítima, por realizar o procedimento sem habilitação e em local inapropriado.
*Por O Tempo