Quarta-feira, Março 12, 2025
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Audiência pública – Trabalhadores da Cemig lotam ALMG para protestar contra reajuste de 60% em plano de saúde

Manifestantes lotaram nesta terça-feira (11) as dependências da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para protestar contra mudanças no plano de saúde da Cemig. Eles participaram de uma audiência da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, na qual representantes da empresa confirmaram reajuste de 60,5% nas mensalidades.

Segundo o sindicato da categoria, o Sindieletro, os trabalhadores fizeram uma paralisação nesta terça contra o que consideram ser o desmonte do plano de saúde. Eles são contrários à retirada de patrocínio da empresa e reclamam de desrespeito com trabalhadores ativos e aposentados.

Conforme o deputado Betão (PT), que preside a comissão, as mudanças vão afetar pelo menos 50 mil beneficiários. Além do reajuste sobre as mensalidades, os trabalhadores ainda sofreriam sem distinção um acréscimo de R$ 1.045,00 para cobrir a retirada da contribuição patronal. “Quem paga hoje por exemplo R$ 790,00 de mensalidade passará a pagar quase R$ 2.500,00. É um corte na carne”, afirmou o parlamentar, que propôs a suspensão imediata da alíquota de reajuste.

Cemig justifica mudanças nos valores

Sob vaias da plateia em vários momentos, representantes da Cemig justificaram as mudanças nos valores das mensalidades e a retirada do copatrocínio da empresa na assistência à saúde.

O diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, argumentou que a retirada se deveria ao fim do acordo coletivo entre empresa e trabalhadores. Conforme alegou, o acordo de 2010 continha uma cláusula de renovação automática, o que posteriormente veio a contrariar regra atual da CLT, pela qual acordos coletivos não podem ter mais de dois anos de vigência.

Já o diretor-presidente da Cemig Saúde, Anderson Ferreira, classificou de reajuste técnico o percentual de 60,5% que passará a incidir sobre as mensalidades, dizendo ser o necessário para equilibrar receitas e despesas da empresa. Houve, segundo ele, aumento dos custos assistenciais e mudanças no perfil etário dos beneficiários, demandando revisões. “É uma variação igual ou menor à do mercado de planos de saúde”, disse

Representantes da categoria questionaram colocações dos gestores da Cemig. Para Joaquim Chaves, presidente da Associação dos Eletricitários Aposentados e Pensionistas da Cemig e Subsidiárias, até então não teria havido por parte da Cemig tentativas de negociação de um novo acordo, e sim de imposição, inclusive pela via judicial.

*Por Portal Hoje em Dia

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