A concessão da BR-381 no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares à iniciativa privada deve render ao Estado e à União R$ 8 bilhões em impostos. Além da arrecadação, a expectativa é a de que melhorias na rodovia atraiam investimentos e empregos para as regiões do entorno.
Estudo feito pela Houer, empresa de assessoria na área de infraestrutura, para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) indica que as atividades desenvolvidas pela concessionária que assumirá o trecho vão impulsionar a arrecadação por meio do Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto de Renda (IR), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Os tributos irão incidir sobre a compra de insumos e mercadorias, a prestação de serviços pela concessionária, lucro e operações. As análises feitas pelo estudo apontam para um incremento considerável de ISS.
Em municípios como Jaguaraçu, Periquito, Naque (Vale do Rio Doce), Bom Jesus do Amparo e Nova União (região central), é possível que a arrecadação do imposto a partir da concessão seja maior do que o valor recolhido pelas prefeituras com o ISS ao longo de 2023.
O estudo revela ainda que a concessão deve ter grande impacto sobre a geração de empregos. Nas cidades sob influência direta da BR-381 no trecho concessionado até São Paulo, com exceção de Belo Horizonte, foi criado em 2023 um saldo de 22.907 vagas, sendo 5.524 no setor industrial.
Já nas cidades sob influência direta do trecho ainda sob gestão pública, houve um registro negativo, com a perda 1.180 postos no setor industrial no ano passado.
Outro dado levantado pela Houer é que a própria concessionária vai gerar empregos diretos com a operação e as obras previstas na rodovia. A previsão é a de que até 601 profissionais sejam contratados no pico da operação (média de 534 contratações/ ano), o que deve representar uma renda salarial de R$1,18 bilhão por todo o período da concessão.