A mineradora AngloGold Ashanti demitiu 650 funcionários que trabalhavam no complexo minerário Córrego do Sítio (CDS), em Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais nessa quarta-feira (23/8). Na segunda-feira (21/8), a empresa já havia paralisado as operações do complexo, e na quarta, suspendido as atividades no local.
De acordo com a empresa, ainda há 400 funcionários nas minas CDS, que serão mantidos ou realocados em outras unidades. A suspensão do complexo em Santa Bárbara é temporária, mas sem previsão de volta. A AngloGold afirma que a unidade vinha operando “com resultados operacionais negativos e alto custo crescente. “Assim, mesmo após diversos estudos de alternativas, não houve cenário viável para a continuidade da operação neste momento”, informou a mineradora, em nota.
O sistema de monitoramento de segurança e controle das minas ainda está em funcionamento. As obras de contrapilhamento na barragem de Santa Bárbara já haviam sido suspensas desde o dia 24 de março, porque não estavam dentro dos parâmetros de segurança da Agência Nacional de Mineração (ANM), apresentando rachaduras.
“As estruturas geotécnicas, como barragens e pilhas, continuarão a ser gerenciadas e monitoradas normalmente, conforme a legislação. Além disso, o projeto de descaracterização da Barragem de CDS II será mantido até a sua finalização. Todas as estruturas estão seguras e estáveis”, complementa a AngloGold Ashanti.
No dia 1º de junho, foram constatadas novas rachaduras, devido à sobrecarga na barragem, elevando a situação da estrutura para a classificação de Nível de Emergência 1, de acordo com os parâmetros da ANM. De acordo com a mineradora, as trincas na barragem não têm relação com a suspensão das operação no Córrego do Sítio nem com as demissões no complexo.
A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Extração do Ouro e Metais Preciosos de Santa Bárbara, mas não obteve resposta.
Leia a nota da AngloGold Ashanti na íntegra:
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa/EM