O Projeto de Lei 2.309/2024, de autoria do governador Romeu Zema (Novo) e que concede reajuste de 3,62% a todos os servidores públicos de Minas Gerais, pode avançar na tramitação da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (22).
A proposta está na pauta da Comissão de Administração Pública (APU) às 10h e da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), às 11h30. Caso aprovado nos dois órgãos colegiados, o texto estará pronto para ser analisado pelo conjunto de deputados em plenário.
O texto, no entanto, ainda enfrenta resistências — mesmo após aprovação na primeira comissão, a de Constituição e Justiça (CCJ), nesta terça-feira (21) — tanto por parte da oposição como dos servidores públicos.
Presidente do Clube de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o coronel Cirilo Silva reclama da falta de diálogo do governo Zema.
“Nunca na história das negociações entre a segurança pública e o Estado a gente teve um aumento tão ruim como o de agora. Não há janela de negociação. O que estamos pedindo é uma reposição das perdas inflacionárias de forma justa e de forma digna. Mandar projeto com 3,62% é desrespeitoso à segurança pública”, afirmou.
Como forma de pressionar o governo do estado, representantes das polícias Civil, Militar e Penal afirmam que os agentes estão operando no regime de estrita legalidade, onde alguns serviços são diminuídos ou até mesmo suspensos.
Em Brasília, o governador Romeu Zema contemporizou a proposta apresentada aos servidores civis e militares e disse que não seria “irresponsável” de propor um reajuste que não poderia cumprir.
“Eu gostaria de dar um reajuste de 20%, de 30%, sei que tanto o pessoal da segurança, da educação e de outras áreas trabalham duro e merecem. Mas não serei irresponsável, como já tivemos casos no passado, de se dar o reajuste e depois não ter o recurso para levar adiante as políticas públicas. Você ficar sem medicamento, pessoas falecerem?”, disse Zema.
*Por Rádio Itatiaia