As polícias Civil de Minas (PC) e Federal (PF) investigam a morte do cacique Merong Kamakã Mongoió, de 36 anos. O líder indígena foi encontrado sem vida nessa segunda-feira (5), em Brumadinho, na Grande BH.
De acordo com o delegado da PC, João Victor Leite, o corpo da vítima foi submetido ao exame de necropsia e já foi liberado aos familiares.
Merong era uma das figuras à frente da Retomada Kamakã Mongoió, no Vale do Córrego de Areias, em Brumadinho. De acordo com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o líder havia se engajado tanto na defesa de seu próprio povo como na de outros, como os kaingang, os xokleng e os guarani.
Nascido em Contagem, na região metropolitana, Merong foi viver na Bahia ainda criança. Ele também exerceu atividades no Rio Grande do Sul e participou da Ocupação Lanceiros Negros, iniciativa que contribuiu com as retomadas xokleng konglui, no município gaúcho de São Francisco de Paula, e guarani mbya, em Maquiné.
De acordo com um membro da equipe da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que atua no estado, Merong havia manifestado a intenção de “ampliar as lutas” em conversa recente, ocorrida no dia 25 de fevereiro.
*Com informações da Agência Brasil