A Justiça de Minas Gerais negou o pedido de habeas corpus do instrutor de tiro Ruy Gomes da Silva, réu pelo assassinato do amigo Cleber Augusto Esteves, cometido no fim de agosto, no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. A defesa afirma que vai recorrer a instâncias superiores para pedir a soltura do acusado.
O habeas corpus foi negado pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do Tribunal do Júri de BH. O magistrado alegou que ‘existem indícios suficientes de autoria’ para a manutenção da prisão preventiva de Ruy Gomes da Silva: ‘a prisão [é] imprescindível para garantir a ordem pública’.
À Itatiaia, o advogado Nathan Nunes declarou que ‘discorda absolutamente’ da decisão e afirmou que continua trabalhando para ‘restituir a liberdade’ de Ruy Gomes da Silva. A defesa já entrou com um novo pedido de habeas corpus, desta vez no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Julgamento marcado
O início do julgamento do instrutor de tiro Ruy Gomes da Silva, está marcado a tarde do dia 4 de março de 2024. Nesta audiência de instrução e julgamento, as partes apresentam provas e argumentam diante do juiz. Além disso, testemunhas são ouvidas e debates para esclarecimento de fatos podem ocorrer.
Segundo a decisão, Ruy será o único a participar da audiência por videoconferência, já que está preso desde o dia 29 de agosto. O acusado deve ir a júri popular no 2º Tribunal do Júri Sumariante de Belo Horizonte.
Relembre o caso
O assassinato que fechou o sentido Rio de Janeiro do Anel Rodoviário de Belo Horizonte no começo da manhã do dia 25 de agosto envolve crise de ciúmes e discussão entre amigos em uma churrascaria na região Oeste de Belo Horizonte. A vítima é Cleber Augusto Esteves, 38 anos, que estava no estabelecimento com a namorada e amigos. Ele foi morto a tiros na altura do bairro Bonsucesso, região do Barreiro.
Ainda conforme a PM, Cleber teve uma crise de ciúmes e não queria deixar a namorada ir embora. Um amigo, que é instrutor de tiros, interveio e disse que a mulher iria permanecer no estabelecimento somente por vontade própria. Um vídeo filmado pelo próprio suspeito mostra os últimos momentos de vida de Cleber.
Ficha longa
O instrutor de tiros suspeito de matar Cleber Augusto Esteves no Anel Rodoviário, na madrugada desta sexta-feira (25), tem um longo histórico de passagens policiais. Um levantamento feito pela Itatiaia mostra que o homem de 48 anos já foi citado em quase 30 boletins de ocorrência por crimes variados, como lesão corporal, ameaça e estelionato.
*Da Redação Itatiaia