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MG recorre para remover delegada que atirou contra policiais durante ‘live’ em BH

O Estado de Minas Gerais recorreu para manter a remoção da delegada da Polícia Civil, Monah Zein, para a Delegacia de Pirapora, no Norte de Minas. A advogada virou notícia em todo o país no fim de novembro, após passar mais de 30 horas presa dentro de casa e atirar contra policiais na porta do seu apartamento, na Pampulha, em Belo Horizonte, inclusive transmitindo parte da confusão por uma “live” no Instagram.

A transferência da delegada seria um dos motivos que acabaram culminando na confusão. De acordo com os documentos obtidos pela Itatiaia, Monah Zein teria sido alvo de uma sindicância após ficar por mais de três horas fora do plantão na delegacia. Por conta disso, a Polícia Civil teria decidido remover a delegada para Conceição do Mato Dentro. Monah, porém, não teria se apresentado na cidade e, por isso, foi alvo de uma nova remoção, desta vez para Pirapora. Na época, um dos advogados da delegada chegou a afirmar que Monah foi removida após denunciar casos de assédio na Polícia Civil.

No dia 18 de novembro, poucos dias antes da confusão envolvendo Monah Zein e os policiais, a Justiça anulou o ato de remoção da delegada e condenou o Estado de Minas Gerais a tomar decisões parecidas “até que Monah Zein tenha assegurados o direito constitucional de contraditório e ampla defesa”.

MG recorre

O Estado discorda da decisão e, na segunda-feira (18), apresentou um recurso pedindo a remoção de Monah Zein para a Delegacia de Pirapora. No documento, o procurador Marco Túlio de Carvalho Rocha argumenta a movimentação de um servidor público “é ato discricionário e deve se lastrear no interesse, conveniência e oportunidade”.

O procurador também traz trechos de um memorando emitido em setembro de 2022 que cita “condutas inadequadas praticadas (por Monah) dentro do ambiente destinado ao Plantão Digital da PCMG” e recomenda que a Polícia Civil “adote uma postura disciplinar imediata”.

Em nota, a Polícia Civil informou que não comenta ações judiciais.

Relembre o caso

Equipes da Polícia Civil foram empenhados até o apartamento da delegada Monah Zein, de 38 anos, após ela enviar mensagens com teor de risco à própria saúde em um grupo de amigos e colegas de trabalho. Diante da situação, agentes de apoio se descolaram até o prédio em que Monah mora, na Pampulha, na manhã do dia 21 de novembro, e tentaram manter contato com a mulher, que estava exaltada com a situação.

Ela realizou uma live em seu Instagram mostrando o momento da abordagem e questionou a ação dos policiais, dizendo que eles não possuíam um mandado para estar ali e que ela estava se sentindo ameaçada. Ainda de acordo com a delegada, um disparo foi realizado por ela contra a equipe após eles atirarem nela com um taser, uma arma de choque, informação confirmada pelo porta-voz da Polícia Civil, delegado Saulo Castro.

Monah Zein foi presa no dia 23 de novembro, após ficar mais de 30 horas trancada dentro do próprio apartamento. A delegada foi solta no dia seguinte, durante a audiência de custódia. Na época, a Polícia Civil pediu a internação hospitalar provisória por ‘incidente de sanidade mental’ e suspendeu o exercício da função da delegada, solicitando o recolhimento da arma, carteira funcional e distintivo.

Monah Zein é acusada de tentativa de homicídio contra quatro policiais por conta da troca de tiros no fim de novembro. O caso corre em segredo de justiça.

*Da Redação Itatiaia

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