Ex-trabalhadores da empresa 123Milhas realizaram, na manhã desta segunda-feira (13), uma manifestação no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A manifestação acontece quatro dias após a Justiça desbloquear R$ 23 milhões da empresa para pagar as despesas trabalhistas.
Dezenas de trabalhadores afirmam que ainda não receberam nada e também nenhuma posição da empresa. Por meio de nota a 123Milhas informou que o valor liberado pela Justiça é determinado para pagamentos de despesas correntes da empresa, como folha de pagamento atuais dos colaboradores, planos de saúde, aluguel entre outros, e que a empresa está proibida por lei de realizar pagamentos das rescisões trabalhistas antes da aprovação do plano de recuperação judicial.
Rodrigo Resende, que trabalhava no setor 123Fidelidade, alegou que nenhum dos ex-funcionários recebeu nenhum valor desde a demissão em massa. A categoria aguarda um posicionamento da empresa para saber quando os valores serão depositados.
“Nós estamos hoje através do seguro desemprego, sendo que as últimas parcelas vão vencer em janeiro e fevereiro, e não nos deram nenhuma informação se vamos estar sendo pagos agora. A empresa não está ligando para o ex-funcionários, mas estão contratando várias pessoas a metade do valor que recebíamos”, explica.
Rodrigo explica que recebia R$ 3.800 com ticket, mas que recebeu uma oferta de R$ 1.200 sem nenhum tipo de benefício.
“Eles estão contratando mesmo com o pedido de recuperação judicial e tem o valor liberado de R$ 25 milhões para efetuar os pagamentos, mas como eles estão fazendo contratações de pessoas sem ter o dinheiro para fazer nosso acerto? Isso que estamos reivindicando”, conclui.
Confira a nota da 123Milhas na íntegra
“A 123milhas informa que o valor liberado pela Justiça é destinado para pagamentos de despesas correntes da empresa, como folha de pagamento, atuais colaboradores, plano de saúde, aluguel, entre outros.
A empresa está proibida por lei de realizar pagamento das rescisões trabalhistas antes da aprovação do plano de Recuperação Judicial.”
*Da Redação Itatiaia