Cruzeiro e Coritiba deverão ser punidos preventivamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com jogos sem torcida, pelo período de 30 dias, devido ao confronto de torcedores durante o jogo desse sábado (11), no estádio Durival Britto, em Curitiba, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. A informação foi apurada pela Itatiaia com integrantes do STJD.
Esta punição precederá eventuais punições em julgamento no STJD.
Com a punição, o Cruzeiro não poderá contar com torcida em seus seis jogos restante na competição: Fortaleza (fora), Vasco (casa), Goiás (fora), Athletico-PR (casa), Botafogo (fora) e Palmeiras (casa).
Da mesma forma, o Coritiba não terá o apoio de seus torcedores nos jogos diante de Fluminense (fora), Botafogo (casa), Bragantino (fora) e Corinthians (casa).
A confusão começou quando torcedores do Cruzeiro invadiram o campo do estádio no estádio Durival Britto após o time sofrer o gol na partida contra o Coritiba. Logo em seguida, integrantes de organizadas do Coritiba também destruíram alambrados e adentraram o campo. Houve batalha campal entre coxa-brancas e cruzeirenses.
Árbitro responsável pela partida entre Coritiba e Cruzeiro, Bráulio da Silva Machado relatou em súmula os detalhes da briga entre torcedores dos dois clubes na reta final do duelo. No documento, ele explica que a partida foi paralisada por mais de 30 minutos até que houvesse condição de segurança necessária para ser retomada.
O jogo só foi reiniciado depois de que o comandante da operação de segurança no Durival de Britto informou que os indivíduos envolvidos na briga estavam fora do estádio. Na súmula, o juiz informa que não os torcedores haviam sido identificados até a publicação do documento.
“Em decorrência da invasão generalizada e pensando em preservar a integridade física das pessoas credenciadas, orientamos aos mesmos que se dirigissem ao vestiário até que fosse restabelecida a segurança e a ordem, e novas orientações por parte do comandante do policiamento relativas à segurança fossem repassadas a equipe de arbitragem”, escreveu.
“O comandante nos relata neste momento que, a polícia militar havia dispersado das imediações do campo de jogo, além de retirar ambas as torcidas, citadas por ele como “organizadas” do estádio. Ainda cabe destacar que o comandante enfatizou que os torcedores visitantes foram escoltados aos ônibus e conduzidos até a saída da cidade, e os torcedores da equipe local envolvidos, da mesma forma, foram conduzidos e escoltados até sua sede”, seguiu.
A súmula do árbitro é um dos elementos que será levado em conta para prováveis punições que os clubes receberão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. No documento, Bráulio da Silva Machado aponta que a torcida do Cruzeiro invadiu o campo inicialmente. Depois, os torcedores do Coritiba também foram para o gramado.
Leia íntegra da súmula de Coritba x Cruzeiro
Informo que, aos 2 minutos do 2º tempo, no momento em que a partida estava paralisada para uma cobrança de falta, foi arremessado dentro do campo de jogo um copo plástico com liquido não identificado por torcedores localizados na área destinada a equipe mandante (setor reta do relógio). Sendo que o objeto não atingiu ninguém.
Fui informado pelo árbitro assistente nº 2 que, aos 45 minutos do 2º tempo, no momento em que a partida estava paralisada e os atletas da equipe mandante comemoravam um gol, foram arremessados nas imediações do campo de jogo vários copos de plástico com liquido não identificado por torcedores localizados na área destinada a equipe mandante (setor reta do relógio). Sendo que os objetos não atingiram ninguém.
Informo que, aos 45 minutos do 2º tempo, no momento em que a partida estava paralisada e os atletas da equipe mandante comemoravam um gol, ocorreu uma invasão generalizada por torcedores que estavam localizados no setor especifico da torcida visitante cruzeiro saf, que partiram em direção ao setor destinado aos torcedores da equipe mandante. Em ato contínuo, parte da torcida da equipe mandante Coritiba saf também invadiu o campo de jogo partindo em direção aos torcedores da equipe visitante que haviam invadido o campo de jogo gerando um confronto generalizado.
Em decorrência da invasão generalizada e pensando em preservar a integridade física das pessoas credenciadas, orientamos aos mesmos que se dirigissem ao vestiário até que fosse restabelecida a segurança e a ordem, e novas orientações por parte do comandante do policiamento relativas à segurança fossem repassadas a equipe de arbitragem. Durante a evacuação do campo de jogo, notamos a intervenção da polícia militar e seguranças para conter a invasão e dispersar os invasores para fora das imediações do campo de jogo.
Informo que durante os 30 minutos protocolares em concordância com o rgc art.20, entramos em contato com o comandante da operação cap. e.j.f. e o mesmo nos relatou o procedimentos e ações realizados durante a paralisação da partida. O comandante nos relata neste momento que a polícia militar havia dispersado das imediações do campo de jogo, além de retirar ambas as torcidas, citadas por ele como “organizadas” do estádio. Ainda cabe destacar que o comandante enfatizou que os torcedores visitantes foram escoltados aos ônibus e conduzidos até a saída da cidade, e os torcedores da equipe local envolvidos, da mesma forma, foram conduzidos e escoltados até sua sede. Dito isso, o comandante nos pede mais 5 minutos para realização de varredura e vistoria nas imediações do campo de jogo, para posterior garantia de segurança.
Passado o tempo solicitado, o comandante nos informa que a segurança estava totalmente reestabelecida, que não havia danos nos alambrados, colocando ainda um “cordão de policiais em torno do gramado”, assim garantindo total segurança para reinicio da partida. após esta informação, comunicamos as equipes sobre o procedimento que seria realizado e deu-se reinicio a partida sem mais problemas ou intervenções. Destaco que ate o fechamento deste súmula não foi nos foi informado a identificação dos envolvidos no confronto.
*Da Redação Itatiaia