Dois jovens, de 22 e 23 anos, foram mortos supostamente por engano após confronto entre gangues rivais do tráfico de drogas na região do Barreiro, em Belo Horizonte, na noite desse sábado (7). Igor Gustavo Marques Ferreira e Herbert Pablo Lourenço Pinheiro estavam perto de uma barbearia na Rua Perdiz, na Vila Cemig, quando foram surpreendidos por dois homens em uma motocicleta armados. Ambos foram socorridos e encaminhados ao Hospital Júlia Kubitschek, mas não resistiram.
O crime teria sido motivado por uma guerra entre facções do tráfico de drogas, mas a polícia acredita que as duas vítimas não faziam parte desse confronto. Dois suspeitos de 19 e 28 anos foram presos e duas armas apreendidas, assim como a motocicleta usada no crime.
O soldado Rafael Motta, que faz parte do Grupo Especial De Policiamento Ambiental da Polícia Militar, explica como ocorreu a prisão da dupla. “Os dois autores evadiram em uma motocicleta e, de imediato, deslocamos para a região próxima, onde foi o fato e iniciou essa perseguição. Demos voz de prisão aos autores, eles jogaram as armas ao chão e deitaram ao solo. Logo em seguida, foi realizada a apreensão e a condução deles”.
De acordo com Motta, ambos possuem ficha extensa criminal, que incluem tráfico de drogas e até homicídio. Os dois fazem parte de duas gangues: DVC (Demônios da Vila Cemig) e UF (Unidos da Faisão). A motivação seria por espaço de gangues, no entanto, as vítimas teriam sido mortas por engano. “ Eles não têm nenhuma ficha criminal”, disse.
O jovem de 19 anos negou envolvimento com as mortes, disse ser de Contagem, na região Metropolitana da capital, e não fazer parte de nenhuma das gangues citadas. “Não temos envolvimento nenhum. Há 28 dias que eu saí da cadeia. Realmente nós fomos usados como laranja para fazer o corre para levar as armas. Nós não temos envolvimento com nenhuma das mortes […] Nós íamos guardar as armas, as armas nós íamos levar pra ‘quebrada’. Quem matou já saiu fora, nós não temos vínculo nenhum com essas mortes”, disse.
Sobre as mortes terem sido por engano, ele afirma: “Mentira. Todos que morreram tiveram envolvimento […] Nós sabemos quem a gente matou, querendo ou não, a gente ficou no meio. Nós vamos provar que nós não fizemos o que estão julgando nós”. O caso está sendo investigado.
Com informações de Oswaldo Diniz/Itatiaia