Quarta-feira, Maio 14, 2025
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Polícia investiga abusos contra crianças e adolescentes; 6 são presos em BH

Maio é o mês dedicado ao combate de crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, por isso é chamado de “Maio Amarelo”. Em função disso, as Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam) e Delegacia Especializada em Ato Infracional (DEAI), em Belo Horizonte, participam da operação nacional “Caminhos Seguros”. Além de apurar nove casos, a Polícia Civil já prendeu seis criminosos e realizou duas apreensões de autores que eram menores na época dos fatos.

A ação envolve oito delegados: Carolina Bechelany, Danúbia Quadros, Letícia Müller, Taís Degane, Fernando Fiúza Rodolfo Rabelo e Diego Lopes. O resultado de mais uma etapa da operação, que é permanente, foi apresentado na manhã desta terça-feira (6/5) no Defam.

“Estamos na luta pelo combate ao abuso sexual e exploração infanto-juvenil. A violência dá sinais. Todos os pais devem estar atentos, pois são os responsáveis pelos filhos. Mudanças bruscas de comportamento, o extrovertido que se torna introvertido, lesões provocadas por mutilações, declínio escolar são alguns dos indícios de que a criança ou adolescente foi ou está sendo abusado”, diz a delegada Bechelany.

A equipe do delegado Fiúza foi responsável por duas prisões nesta terça-feira. A primeira, de um homem, 31 anos, que, em 2023, abusou de uma adolescente de 12 anos, depois de ter se passado por uma adolescente. “Ele tinha 29 anos na época e entrou em contato com a vítima, através de um aplicativo de encontros. Marcou um encontro e abusou da menina. Foi a família quem percebeu, pelo comportamento da vítima, e fez a denúncia à polícia”.

A segunda prisão dessa equipe foi de um homem condenado a 29 anos, seis meses e três dias pelo estupro de uma sobrinha, que, na época, tinha apenas oito anos. O fato ocorreu em 2019, segundo o delegado Fiúza.

Barreiro

Responsável pela Dopcad do Barreiro, o delegado Rodolfo conta que a primeira prisão feita nesta terça-feira foi a de um homem de 55 anos, que cometeu os crimes quando tinha 45. “Esses crimes foram cometidos em 2015. O tio abusou da sobrinha de 11 anos. Ele dava dinheiro para a menina para que ela não contasse à sua mãe. Só que a abusada escreveu um bilhete, contando o que estava acontecendo, e o entregou à mãe, que leu e procurou a polícia”.

O segundo caso do Barreiro foi uma operação em conjunto, segundo o delegado Rodolfo, com a Polícia Federal, que resultou na prisão de um homem de 40 anos, já condenado. “Os crimes, de armazenamento e divulgação de imagens de crianças, foram descobertos e o pai do condenado contou que já esperava pela prisão do filho. Esse pai só tomou conhecimento dos crimes a partir das investigações, quando a polícia bateu à sua porta”.

Pedofilia

A delegada Thais, do Dopcad Leste, foi responsável pela prisão de outro homem de 40 anos, que armazenava e fazia troca de fotos de menores. Ele está sendo indiciado por pedofilia.

Outro caso de prisão de um condenado foi feito pela equipe da mesma delegada, no Bairro São Marcos. Um homem de 32 anos terá de cumprir pena de 14 anos e nove meses. O crime ocorreu em 2020. “Ele tinha 27 anos e a vítima era uma vizinha de apenas 11 anos. O autor levava a menina para sua casa. Ela tinha medo de denunciar, mas acabou contando para um irmão, que a levou até a delegacia”, diz a policial.

Sem prisões

A delegada Müller tem dois casos apurados. No entanto, as prisões dos autores ainda não foram consumadas. “O marido de uma parente de uma mãe, que tinha filhos menores de 14 anos, procurou a polícia para contar que seus filhos tinham sido abusados. E a surpresa maior é que essa mesma mulher contou que tinha sido abusada pelo mesmo homem, quando era ainda pequena”.

O outro caso apurado por ela e sua equipe é de violência doméstica, praticada por um homem de 30 anos, que agrediu a ex-namorada, de apenas 16 anos.

Menores apreendidos

Dois casos, investigados pelo delegado Ângelo Ramalho, resultaram na apreensão dos autores. Isso porque os dois, na época do crime, segundo o policial, eram menores.

“No primeiro caso, uma mulher, que na época tinha 16 anos, foi contratada para cuidar de três irmãos, uma menina de oito anos e dois meninos, de 10 e 12 anos. Ela abusou sexualmente dos três”, conta.

“No segundo caso, o autor, que na época tinha 16 anos, abusou de seu irmão materno, quando este tinha apenas oito anos”, diz. Os dois, segundo ele, foram encaminhados para a Vara de Infância e Adolescência e deverão cumprir uma punição até completar 21 anos.

*Por EM

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