Um idoso, de 70 anos, integrante de uma quadrilha interestadual especializada em fraudes bancárias, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais em Belo Horizonte nesta semana ao sair de uma agência onde havia aberto uma conta bancária com documentos falsos e contratado um empréstimo em nome de terceiros.
O suspeito tem uma extensa ficha criminal no Paraná e em São Paulo, com condenações desde 1973 por crimes como homicídio, furto, estelionato, falsificação de documento, falsidade ideológica, uso de documento falso, dano ao patrimônio e lesão corporal. Ainda, o idoso responde por um processo que o acusa de integrar uma organização criminosa no Paraná.
De acordo com o delegado Rafael Alexandre, as investigações tiveram início a partir de uma desconfiança da equipe de uma agência bancária a respeito do senhor, que tentava abrir uma conta. A polícia foi acionada, enquanto ele conseguiu abrir a conta, obteve o cartão e em seguida fez um empréstimo. Depois disso, o homem foi preso em flagrante.
“A investigação aponta para um esquema de fraudes bancárias em que essa conta continuaria a ser utilizada, o documento falso continuaria a ser utilizado para contratação de empréstimos, aquisição de bens de alto valor, financiamentos e coisas que podem trazer uma tormenta muito grande para o cidadão que tem seu nome usado por criminosos”, diz o delegado.
O idoso não tinha passagens policiais por Minas e vivia em uma casa de acolhimento em Belo Horizonte, sem domicílio ou ocupação fixos. Ele também não tinha parentes no estado, ou identidade emitida em Minas Gerais.
Ainda não se sabe como ele conseguiu os documentos falsos, mas o delegado ressalta que, normalmente, esse tipo de crime acontece após vazamento de dados ou perda de documentos.
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do homem, que foi decretada pela Justiça. O idoso confessou informalmente o crime, mas escolheu ficar calado durante o depoimento. Ele continuará preso no correr das investigações.
*Por Rádio Itatiaia