Sábado, Abril 26, 2025
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Homem que matou mulher com quase 30 facadas na Grande BH é indiciado por feminicídio

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou por feminicídio Sebastião Henrique da Silva, de 37 anos, pela morte de Ana Paula Magalhães Nunes , de 37. A mulher foi morta com quase 30 facadas pelo companheiro no meio da rua em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 12 de abril. O inquérito foi concluído na quinta-feira (24) e encaminhado à Justiça.

O casal estava junto há 16 anos. Ana Paula deixou dois filhos, uma menina de 14 e menino de 11 anos. Ao ser preso, Sebastião confessou o crime, mas não revelou a motivação. Inicialmente, as informações davam conta de que o assassinato teria acontecido após uma discussão entre o casal. Sebastião teria ficado com ciúmes da vítima, que havia acabado de colocar extensão de cílios e unha de gel.

“Quando o investigado foi preso em flagrante, ele chegou a confessar o crime, dizendo que teve discussões, problemas familiares com a vítima. Em razão dessas discussões, ele acabou se irritando e pegou uma faca. Ela fugiu, ele a perseguiu e desferiu quase 30 facadas contra ela. Vizinhos ouviram ela gritando, foram até lá e viram ele com a faca na mão. A polícia foi chamada e, quando chegou, encontrou ele ao lado de Ana Paula, observando ela agonizar”, contou o delegado Marcus Rios.

Motivação do crime teve reviravolta durante investigações

No entanto, ao longo das investigações, testemunhas contaram que Sebastião estaria ligado a uma seita espiritual. No dia do crime, ele teria assistido vídeos de ocultismo, sendo que um deles seria sobre um evento astronômico que ocorreu no dia e próximo ao horário do crime: a chamada “Lua Rosa”.

“Familiares disseram que o comportamento do investigado estava um pouco estranho ultimamente, provavelmente por conta de uma seita que ele estava se envolvendo. Nós descobrimos que ele estava se interessando por uma seita ocultista, que ainda não sabemos qual é. No dia do crime, o investigado assistiu vídeos na internet relativos a um fenômeno astronômico chamado ‘Lua Rosa’. Esses vídeos traziam mensagens que uma mente tendenciosa poderia interpretar de maneira equivocada. E tudo leva a crer que ele foi por esse caminho”, diz o delegado.

Ainda de acordo com Rios, Sebastião rabiscou palavras nas paredes da casa, vinculando pessoas conhecidas dele com termos ligados a ocultismo, bruxaria e feitaria. O criminoso ainda teria falado para um familiar que matou Ana Paula porque a lua teria mandado.

Sebastião se manteve em silêncio durante interrogatório

Após descobrir a motivação ocultista do crime, a Polícia Civil foi até o presídio onde Sebastião está para entrevistá-lo. No entanto, a postura do homem surpreendeu o delegado.

“A postura dele foi muito curiosa. Eu nunca vi isso. Ele ficou o tempo todo de olhos fechados, sem expressar uma palavra sequer. Tentamos estimulá-lo a falar alguma coisa, a se manifestar, mas ele não expressava nenhuma reação. Ele só se expressou quando foi informado que iria sair da cela separada para a coletiva. Ele fez uma reação de surpresa, de medo, apertou o maxilar e mexeu os olhos. Mas só isso também. Ele demonstrou zero interesse em esclarecer os fatos, em apresentar justificativa ou contribuir com alguma coisa. Ele está totalmente apático”, concluiu Rios.
*Por Rádio Itatiaia
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