Um processo federal aberto na semana passada em Nova York alega que a Delta Air Lines ofereceu bebidas alcoólicas em excesso para um passageiro que apalpou uma mãe e sua filha de 16 anos. O incidente aconteceu durante um voo internacional no verão passado.
Os comissários de bordo da Delta continuaram a servir álcool a um passageiro embriagado mesmo depois que as duas vítimas lhes disseram repetidamente que o homem estava fazendo elas se sentirem “inseguras” e tocando-as inadequadamente. É o que aponta o processo aberto no Tribunal Distrital do Leste dos EUA de Nova York.
As vítimas não identificadas no processo alegam que durante o voo de quase nove horas do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, para Atenas, na Grécia, o homem fez gestos obscenos, agrediu sexualmente e gritou com a adolescente de 16 anos que estava sentada ao lado dele no voo.
Os comissários de bordo da Delta serviram ao homem “aproximadamente dez vodkas com gelo”, entre outras bebidas alcoólicas, durante o voo, segundo o processo.
A mãe, que estava sentada no outro assento ao lado da filha, disse que repetidamente “implorou” aos comissários de bordo que parassem de servir álcool ao homem.
A mãe e a filha alegam na denúncia que os comissários de bordo rejeitaram suas reivindicações e minimizaram suas preocupações sobre o homem.
O processo alega que, em um ponto do voo, a jovem começou a ter um “ataque de pânico” após ficar “aterrorizada por ninguém estar ajudando ela ou sua mãe a encontrar segurança e que elas estavam presos nesta aeronave a sós com o passageiro embriagado da Delta”.
Eventualmente, outro passageiro no voo que viu a jovem chorando e com medo se ofereceu para trocar de lugar com ela pelo resto do voo, segundo o processo.
Quando o voo pousou na Grécia, o homem foi autorizado a deixar a aeronave sem intervenção policial, apesar do pedido da mãe para que as autoridades o prendessem em Atenas, disse o processo.
“Embora não tenhamos nenhum comentário específico sobre este litígio pendente, a Delta tem tolerância zero para clientes que se envolvam em comportamento impróprio ou ilegal”, disse um porta-voz da Delta em comunicado à CNuN. “Nada é mais importante do que a segurança de nossos clientes e nosso pessoal.”
Os autores estão buscando indenizações compensatórias e punitivas em um valor a ser determinado no julgamento. A CNN entrou em contato com o advogado dos queixosos para comentar.
*Por CNN BRASIL