A Justiça converteu de flagrante para preventiva a prisão de Marcus Vinícius Lopes, de 30 anos, que matou a ex-companheira, Katy Emanuela da Costa, de 37, a facadas o bairro São Marcos, na regional Nordeste de Belo Horizonte. A decisão, assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, é desta quinta-feira (12). Katy deixou oito filhos, entre 2 e 19 anos. Cinco deles são do suspeito.
A Polícia Civil havia ratificado a prisão em flagrante dele por feminicídio consumado e pela tentativa de homicídio de um dos filhos de Katy, de 13 anos.
Conforme o documento, “há indícios suficientes de autoria e materialidade, bem como demonstrada a necessidade da segregação cautelar, diante da gravidade concreta da conduta imputada, impõe-se a manutenção da prisão preventiva para a garantia da ordem pública”.
Violência doméstica
Marcus contou à polícia que, ao pegar o telefone dela, viu imagens que “demonstravam suposta traição”. Assim, começou a discussão entre o casal e logo ele começou a agredir a vítima fisicamente. Não satisfeito, ele pegou uma faca e a golpeou.
A vítima então saiu correndo para a rua, mas caiu. Nesse momento, ele correu até o local e aproveitou-se que a vítima no chão, para desferir inúmeras facadas contra ela.
Uma testemunha relatou que a vítima já era vítima de violência doméstica. Ela disse que Marcus tinha ciúmes de qualquer pessoa que Katy interagisse. Ainda conforme relatos no documento da Justiça, Ele não estava mais morando com Katy, mas que ia diariamente ao local.
Ela ainda disse que ele ficava a madrugada inteira fazendo o uso de bebidas alcoólicas. Segundo testemunha, em um dos episódios, disse que “estupraria todas as meninas”. Depois disso, uma das filhas foi levada para a casa de uma amiga da mãe.
Também há registros de que, enquanto ele estava preso por outro crime, conseguiu um celular de onde mandava ameaças a Katy. “Justiça? Ai o que aconteceu comigo… nada! Aí, to solto!”, teria dito Marcus logo após o feminicídio.
Marcus já havia medida protetiva em seu desfavor.
Vítima ia levar filho para escola
Uma testemunha disse que, no dia do assassinato, Marcus impediu a mãe de levar os filhos à escola. Ela teria então insisto e, ao descer as escadas de casa, começou a ser esfaqueada. Conforme ela, Marcus também tinha a intenção de matar os filhos. Por isso, impediu a mãe de levar as crianças para a escola enquanto o filho mais velho estava fora de casa.
Em outra ocasião, data não relata no documento, ele ainda teria entrado em contato com a mãe de Katy dizendo que a havia a matado, “apenas para passar um susto nela”. No mesmo dia, a mãe da vítima Katy faleceu devido a um AVC.
*Por Rádio Itatiaia