Faltando poucos dias para a eleição presidencial americana, que acontece na próxima terça-feira (5), a disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris está cada vez mais acirrada.
s dois candidatos têm investido as últimas fichas nos estados pêndulos, considerados decisivos para ganhar a Casa Branca.
A Itatiaia separou oito momentos importantes para a campanha eleitoral nos Estados Unidos.
As primárias
As eleições primárias começaram em janeiro.
O atual presidente, o democrata Joe Biden, não enfrentou nenhum adversário no partido e conseguiu a nomeação, apesar dos protestos por seu apoio à guerra de Israel em Gaza.
Do lado republicano, o ex-presidente Donald Trump teve mais concorrência, inclusive da ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley.
Em março, tanto Biden quanto Trump somaram delegados suficientes para garantir a nomeação e iriam reviver a eleição de 2020, em que Biden saiu vitorioso.
Julgamento em Nova York
Um mês depois começou, em Nova York, o julgamento criminal de Trump por pagamentos ocultos a uma ex-atriz pornô com quem teria tido uma relação extraconjugal.
Após semanas de audiências judiciais, o ex-presidente foi considerado culpado, algo inédito para um ex-presidente americano.
Entretanto, no fim de junho, o republicano conseguiu uma vitória na Suprema Corte e os demais processos contra ele perderam força.
O primeiro debate
No mesmo mês, porém, no dia 27, a campanha teve uma reviravolta. Donald Trump e Joe Biden se enfrentaram em um debate promovido pela CNN americana.
O desempenho de Biden, candidato à reeleição, foi considerado desastroso por especialistas. Aos 81 anos, o democrata se confundiu diversas vezes e criou um mal-estar interno no partido.
Tentativa de assassinato
Em uma nova reviravolta, em 13 de julho, Donald Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. Ele ficou ferido na orelha direita, ao ser alvejado por tiros disparados por um homem que estava em um terraço.
Com um punho para cima, Trump foi retirado do local por agentes do Serviço Secreto que o cercaram no palanque, enquanto murmurava a palavra “luta”.
A convenção republicana deixou evidente o domínio de Trump no Partido Republicano. Ele escolheu o jovem senador J.D. Vance como seu companheiro de chapa.
Em setembro, o ex-presidente voltou a ser alvo de outra tentativa de assassinato em seu campo de golfe na Flórida.
Semanas depois, o republicano voltou a Butler para um grande comício ao lado do dono do X, antigo Twitter, Elon Musk.
A desistência de Biden
Poucos dias após o fim da convenção republicana, mais uma reviravolta: Joe Biden anunciou que desistia da disputa à reeleição.
Em uma breve carta publicada nas redes sociais em 21 de julho, o presidente cedeu à pressão dos democratas pelas dúvidas sobre seu estado físico e mental.
Ele anunciou apoio à sua vice-presidente, Kamala Harris, para sucedê-lo na disputa.
O sucesso de Kamala
Em questão de horas, Kamala Harris conquistou o apoio dos principais democratas e se tornou a nova candidata do partido em um prazo recorde, sendo “coroada” como candidata oficial do partido em agosto durante uma convenção em Chicago.
Ela escolheu como colega de chapa Tim Walz, ex-professor e treinador de futebol americano que se tornou governador de Minnesota.
Debate
Em 10 de setembro, Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram para o primeiro e único debate entre os dois, acompanhado por 67 milhões de telespectadores.
O encontro, promovido pela ABC, Trump fez ataques e focou no tema migratório, acusando Harris de ser “marxista”. O ex-presidente também foi desmentido ao vivo quando mentiu dizendo que imigrantes estavam comendo pets de moradores de Springfield, em Ohio.
Reta final
À medida que o dia 5 de novembro se aproxima, os dois candidatos, empatados nas pesquisas de intenção de voto, se esforçam para convencer os eleitores indecisos.
No fim de outubro, Trump realizou um grande comício no Madison Square Garden, em Nova York, sua cidade natal.
Durante o ato, ele acusou a adversária de ter “destruído o país” e se apresentou como um salvador para cerca de 20.000 pessoas, em um evento no qual seus seguidores proferiram durante horas uma retórica marcada por racismo e sexismo. Neste mesmo evento, o humorista Tony Hinchcliffe fez um comentário racista ao dizer que a ilha de Porto Rico era “lixo flutuante”.
A “piada” gerou vários protestos por parte da comunidade latina e porto-riquenha e incentivou celebridades, como Jennifer Lopez, a sair contra o ex-presidente e a favor de Kamala Harris.
A democrata discursou dois dias depois para uma multidão na capital, Washington, no mesmo local onde o republicano incendiou seus apoiadores momentos antes de eles invadirem o Capitólio, sede do Legislativo, em 6 de janeiro de 2021.
Harris prometeu escrever “um novo capítulo” da história dos Estados Unidos.
*Com informações de AFP