A jovem Sabrina Gomes, de 24 anos, demorou cinco anos para perceber a mudança na pigmentação da pele causada pela Síndrome de Cushing. A cearense tem um tumor raro no tórax, chamado timoma, que, combinado com a síndrome, causou a hiperpigmentação na pele.
Sabrina foi diagnosticada com timoma e Síndrome de Cushing em 2015, aos 15 anos. Ela teve inchaço e manchas pretas pelo corpo. Até 2017, ela passou por duas cirurgias para retirada do nódulo. A informação é do g1.
Em 2020 foi quando ela percebeu o início do escurecimento da pele. No ano seguinte, ela começou a escurecer de verdade, ainda que em grau leve. Já em 2022, ela retirou as glândulas adrenais para resolver o problema que tinha com excesso de cortisol, o que acelerou ainda mais o escurecimento da pele.
Neste ano, ela passou por cirurgia para drenar a água do pericárdio (membrana que envolve o coração) e alargar a traqueia, comprimida pelo tumor. Até hoje, ele não para de crescer e atualmente tem 17 centímetros.
Diagnóstico
O timoma que Sabrina tem produz um hormônio chamado ACTH, natualmente produzido pelo corpo humano para regular diversas funções do organismo. Porém, em excesso, ele desencadeia a Síndrome de Cushing. Esse excesso faz as glândulas adrenais produziram cortisol em excesso. Ele regula níveis de açúcar e fortalece o sistema imunológico.
O efeito dominó causado pelo excesso de ACTH causa alterações na pigmentação, mas a mudança de cor acelerada ocorreu após a retirada das glândulas em 2022, que resolveu os excessos de cortisol. Ainda não se sabe se o escurecimento da pele é reversível.
Sabrina precisa realizar um tratamento cujo remédio custa, em média, R$ 32 mil. Ela precisa de quatro doses do lutécio radioativo e está esperando a Secretaria Estadual de Saúde fornecê-lo. Por causa do tumor, ela tem insuficiência renal, dificuldade respiratória, pressão alta, além de distúrbios metabólicos, que causaram mudança no tom da sua pele.
*Por Rádio Itatiaia